O mercado futuro do café arábica manteve o movimento lateral nesta semana. Do lado baixista, pesa a valorização do dólar, que tem pressionado os preços das commodities de forma geral. Destaque para o petróleo, que atingiu a cotação mais baixa dos últimos sete anos, também em função da perspectiva de excesso de oferta global.
Em contrapartida, fatores que podem sustentar uma reação nos futuros do arábica são a necessidade das torrefadoras internacionais fixarem suas compras para o início do próximo ano e a possibilidade de recompras de posições vendidas pelos fundos de investimento.
O dólar comercial foi cotado, ontem, a R$ 3,8005, com alta de 1,64% frente ao fechamento da última sexta. Influenciaram o mercado cambial a proximidade da decisão do Banco Central dos Estados Unidos (FED, em inglês) sobre o movimento dos juros e a sinalização de rebaixamento da nota de risco do Brasil pela Agência Moody´s.
Em relação às condições meteorológicas, a Climatempo prevê volumes acumulados superiores a 100 milímetros em grande parte das regiões produtoras brasileiras, até o Natal. Porém, no Espírito Santo a tendência é de volumes reduzidos, inferiores a 50 mm em grande parte do Estado.
Na ICE Futures US, o vencimento março do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,2635 por libra-peso, acumulando variação negativa de 60 pontos ante o fechamento da sexta-feira antecedente. Na ICE Futures Europe, o contrato futuro do café robusta com vencimento em janeiro/2016 encerrou o pregão a US$ 1.522 por tonelada, com queda de US$ 14 em relação ao final da semana anterior.
Já no mercado físico nacional, os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 483,23/saca e a R$ 380,69/saca, respectivamente, sem variação significativa em relação ao fechamento da semana passada.
Silas Brasileiro - Presidente Executivo do CNC