#CompreMUITAPetro
Eu gostaria muito de comentar sobre o que eu acho de Petrobras (SA:PETR3).
Mas, neste caso, nem vou precisar.
Em uma apresentação que a Petro fez em Londres, em dezembro de 2019, a maior companhia do Brasil nos disse tudo que queríamos saber.
Eu só preciso dizer que PETR3, a 5x Ebitda, é barato.
E, claro, #CompreMUITAPetro.
A oferta do BNDES (comentamos mais abaixo) veio em um ótimo momento.
Enterprise Value / Ebitda
Petro é barata negociando, hoje, a 5x Ebitda e 15x lucros.
EV/Ebitda (marrom) e P/L (branco). Fonte: Bloomberg.
É barata, pois seu Ebitda vem crescendo a mais ou menos +10 por cento ao ano.
E deve continuar. Petro planeja um aumento de produção de +7 por cento ao ano entre 2020 e 2024.
Mas não é só.
Mensagem do Presidente
Lembram que Petrobras está desinvestindo de ativos não core?
Castello Branco, presidente da Petrobras, deve ser um leitor ávido da estratégia de Warren Buffett.
O plano de Castello Branco é simples. Reflete exatamente o que Buffett recomendaria nesta situação:
- Focar a companhia no que ela faz bem (e tem vantagens competitivas).
- Reduzir dívidas.
- Elevar a rentabilidade.
Sua estratégia acertadíssima fica clara em sua "Mensagem do Presidente" no início dos releases trimestrais de resultados da Petro.
É uma aula de gestão.
Menos EV, menos EV/Ebitda
Petro vem apresentando crescimento de Ebitda. Ótimo.
Mas não é só de crescimento de Ebitda que vive a Petro.
Petro vem também gerando caixa operacional e vendendo ativos, reduzindo seu endividamento. Ou seja, reduzindo seu EV.
EV = Entrerprise Value = valor de mercado + dívida líquida.
Quanto menor a dívida líquida (dívida - caixa) menor o EV.
Quanto menor o EV, menor o EV/Ebitda, mais barata a Petro.
Quanto maior o Ebitda, menor o EV/Ebitda, mais barata é a Petro.
Quanto maior o Ebitda e menor o EV, mais barata é a Petro.
Desinvestindo do EV
Para reduzir o EV (e ficar mais barata) Petro só precisa reduzir sua dívida.
Para reduzir sua dívida, Petro pode vender ativos. Seu plano é claro:
Inclui vender 50 por cento do refino, vender transporte e distribuição de gás e também vender campos em águas rasas e em terra.
Além, é claro, vender o restante da BR Distribuidora (SA:BRDT3), Braskem (SA:BRKM5), pós-sal e ativos na Bolívia.
Em 2019, o resultado foi:
Com geração de caixa forte e desinvestimentos, Petro reduziu sua dívida em 88 bilhões de reais.
Redução de dívida significa redução do EV, e os 88 bilhões representam enormes 13 por cento do EV de 700 bilhões da Petro.
Mais Ebitda, mais FCF
FCF é o free cash flow, ou geração de caixa livre.
Quanto maior o Ebitda, maior a geração de caixa livre, mais a Petro consegue reduzir seu endividamento (reduz EV), mais barata a Petro fica.
Segundo as projeções da companhia, podemos imaginar que Petro gere algo ao redor de 17 bilhões de dólares de caixa, em 2020, ou 71 bilhões de reais.
Imaginando dólar e petróleo ao redor de onde estão hoje, seriam 34 bilhões de dólares de Ebitda, ou 143 bilhões de reais.
Faz sentido?
E existe um outro outro ponto interessante nesta história.
A oferta do BNDES
O BNDES quer se desfazer de 23 bilhões de reais em ações ordinárias de Petrobras e organizou uma oferta pública para fazê-lo.
A oferta é enorme. As ações representam quase 10 por cento das ações ON de Petro.
As reservas vão até amanhã, 04 de fevereiro, com precificação no dia 05. A reserva é feita em sua corretora, e o processo é similar ao de um IPO.
As ações começam a negociar no mercado no dia 07 de fevereiro.
#CompreMUITAPetro
Oferta enorme, vendedor que não se importa muito com preço e queda generalizada do mercado com o Coronavírus.
Todos os pontos acima aumentam nosso interesse na oferta de PETR3.
Fica até claro, no gráfico, como a oferta "pesou" nas ações ON de Petrobras nos últimos meses.
Petro é estatal e depende de commodities (petróleo), mas a 5x Ebitda, com Ebitda crescendo e EV caindo, é uma oportunidade bastante interessante.
Nós, no ANTI-Trader, estamos atentos. A oferta do BNDES veio em momento mais que oportuno.
Agradeça ao BNDES e participe da oferta.
#CompreMUITAPetro.