A semana conturbada serviu para que houvesse uma maior movimentação no mercado interno brasileiro. Os produtores se aproveitaram da disparada do dólar e das cotações em Chicago para voltar a negociar a oleaginosa. A moeda americana se valorizou quase 5% frente ao real. E ao longo da semana foram realizados negócios tanto para safra atual como para a futura.
A semana ainda foi marcada ainda pela divulgação do relatório mensal do USDA e do acompanhamento de safra da Conab. O relatório americano não trouxe mudanças em relação ao do mês anterior para o Brasil.
A edição deste mês ajustou novamente os números referentes à safra americana de verão. As estimativas de produção de milho e de soja foram aumentadas em 1,1% e 2% respectivamente desde o relatório de outubro. O efeito do incremento na produção, com a redução do processamento americano é potencializado nos estoques de soja do país. A sobre oferta do grão da oleaginosa no mercado levou a sessão a fechar em queda de 1,87% na sessão da divulgação.
Já o da Conab prevê que o Brasil deverá colher mais de 103 milhões de toneladas de soja na próxima temporada. No relatório podemos destacar um grande aumento de área no Norte, Nordeste, assim como sua produtividade. Essas regiões devem se recuperar da grande seca que ocorreu na temporada passada.
O plantio no Brasil está se desenvolvendo de forma satisfatória. O clima vem sendo favorável. Em algumas regiões como em Goiás o plantio está avançado devido as chuvas regulares. Os agricultores estão contentes, pois isso deverá melhorar as condições para o milho safrinha, após a colheita da soja. Os boletins climáticos apontam que esse ano o clima estará ao lado do produtor e assim, podemos ter uma safra ainda maior que as 103 milhões de toneladas esperas.
O principal motivo das grandes oscilações nos mercados internacionais e da disparada do dólar foi o resultado das eleições presidenciais americanas. O mundo foi pego de surpresa, com a vitória de Donald Trump e isso causou grandes reações nos mercados internacionais. No Brasil um possível envolvimento do presidente Temer num esquema de corrupção também ajudou na disparada da moeda americana. O produtor brasileiro deve tirar vantagem desse cenário de instabilidade e realizar lucros. Nas diversas praças nacionais as cotações subiram. E agora é um bom momento de realizar acordos atrelados ao dólar em alta, ao menos para cobrir os gastos investidos na safra.