CENÁRIO MACROECONÔMICO
A semana é de suma importância em diversos aspectos, principalmente em relação às decisões de política monetária tanto no Brasil, quanto nos EUA.
Com praticamente 100% de projeções de alta de juros para a reunião de dezembro, o comitê de política monetária do Federal Reserve (FOMC) não depende muito dos indicadores econômicos relevantes a serem divulgados nesta semana, em especial os de mercado de trabalho.
Entretanto, em vista ao futuro incerto dos programas econômicos americanos após as eleições, um aperto monetário com base nos indicadores de mercado de trabalho é importante, pois o Fed teme que se nada for feito, o estrago econômico é grande.
Já no Brasil, a decisão de continuar o ciclo de afrouxamento monetário é certa, porém a sua extensão e seu aprofundamento dependem tanto das decisões econômicas do futuro governo americano, as quais podem influenciar o dólar e a inflação brasileira, quanto da aprovação da PEC 55.
O trabalho de ambas autoridades monetárias está difícil neste fim de ano.
CENÁRIO POLÍTICO
Após a queda de dois ministros, a possível gravação de autoridades, a tentativa de autopreservação da câmara com projetos substitutivos às 10 medidas contra corrupção e tentativa de anistia do Caixa 2, tudo isso às vésperas da votação mais importante dos últimos tempos, o governo se pronuncia.
Temer e os presidentes das duas casas vieram a público garantir que quaisquer tentativas de desfigurar as medidas anticorrupção serão barradas em ambas as casas e o foco é a votação da PEC.
O primeiro turno ocorre amanhã no senado e a PEC 55 é o evento essencial tanto para o avanço dos cortes de juros, como da futura reforma da previdência.
A tensão continua.
CENÁRIO DE MERCADO
Após uma semana de intensos ganhos nos mercados globais e dólar em alta, ambos os mercados devolvem os lucros, em partes devido à perspectiva de falta de acordo na reunião da OPEP na quarta-feira.
Bolsas na Europa operam sem rumo, assim como foi o fechamento na Ásia, devido ao fortalecimento das moedas locais. Os futuros em NY operam em queda, enquanto o petróleo tenta a retomada de altas desde a abertura.
O dólar cai contra a maioria das divisas, assim como o rendimento dos Tresuries na maioria dos vencimentos, somente observada alta até dois anos.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,4141 / 0,51 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,463%
Dólar / Yen : ¥ 112,39 / -0,733%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / -0,345%
Dólar Fut. (1 m) : 3424,27 / 0,63 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 17: 13,64 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 18: 12,16 % aa (0,16%)
DI - Janeiro 21: 12,06 % aa (1,52%)
DI - Janeiro 25: 12,29 % aa (1,65%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,27% / 61.559 pontos
Dow Jones: 0,36% / 19.152 pontos
Nasdaq: 0,34% / 5.399 pontos
Nikkei: -0,13% / 18.357 pontos
Hang Seng: 0,47% / 22.831 pontos
ASX 200: -0,79% / 5.464 pontos
ABERTURAS
DAX: -0,456% / 10650,53 pontos
CAC 40: -0,390% / 4532,52 pontos
FTSE: -0,214% / 6826,12 pontos
Ibov. Fut.: 0,000% / 61921,00 pontos
S&P Fut.: -0,267% / 2205,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,149% / 4861,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,96% / 85,84 pontos
Petróleo WTI: 0,20% / $46,15
Petróleo Brent:0,40% / $47,43
Ouro: 0,56% / $1.190,23
Aço: 5,91% / $573,00
Soja: 0,50% / $19,91
Milho: 0,29% / $350,25
Café: -1,52% / $152,30
Açúcar: 0,66% / $19,97