O Copom, na primeira reunião sob a presidência de Roberto Campos, decidiu manter a Selic estável em 6,5 por cento.
O comunicado manteve a frase que dizia que o cenário externo permanecia desafiador, que era uma dúvida dos economistas, uma vez que o risco de alta de juros nos Estados Unidos minguou.
Outro ponto relevante foi que o BC subiu a projeção de inflação de 2019 para 4,1 por cento, mesmo com todas as revisões baixistas que estamos vendo nas expectativas de mercado. O modelo manteve 2020 na meta, e aumentou a importância do ano que vem, em relação a este ano, deixando claro que, pelo modelo, e com essas premissas, não precisaríamos mexer na Selic.
Do lado mais frouxo, ele mudou o balanço de riscos inflacionários de assimétrico (no sentido de mais risco de inflação) para simétrico. Isso, na visão do mercado, foi uma mudança muito importante, que abre a chance, pela primeira vez, de termos quedas na Selic no futuro.
Por fim, ele avisou que quer ver os números de atividade com calma e livre de choques e incertezas do passado. E frisou: “O Copom considera que esta avaliação demanda tempo e não deverá ser concluída a curto prazo”. Enterrando assim as chances de queda da Selic, pelo menos nas próximas duas reuniões, que muitos economistas estavam pregando.
Com esse comunicado, o novo presidente ganha credibilidade e posterga em algumas reuniões a discussão de queda da Selic por conta da atividade fraca.
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