O Tesouro Direto, programa criado em 2002 a partir da parceria entre o Tesouro Nacional e a BM&F Bovespa, surgiu como uma iniciativa para que pessoas físicas pudessem comprar títulos públicos de forma segura e eficiente através da internet. O que antes só era permitido a bancos e outras instituições financeiras, atualmente está ao alcance de todos os brasileiros.
A praticidade do investimento, que alia simplicidade, segurança e boa rentabilidade, tem colaborado para que a modalidade conquiste cada vez mais investidores. Para se ter ideia da dimensão de crescimento do programa nos últimos anos: em 2010, o valor aplicado era de cerca de R$4 bilhões. Atualmente, sete anos depois, a soma já ultrapassa a casa dos R$46 bilhões aplicados em títulos públicos.
A modalidade é considerada bastante democrática, afinal oferece títulos com prazos diversos. Além disso, é possível começar a investir com apenas R$30. O aporte inicial baixo é um ponto chave que tem impulsionado a presença de novos investidores. Tanto é que os investimentos de até R$5 mil representam mais de 77% do total de vendas mensal, considerando os números do último mês de junho.
Com tantos pontos positivos, uma parcela da população brasileira tem voltado suas atenções para o Tesouro Direto: os jovens. O participantes inscritos com idades entre 16 e 25 anos já são quase 162 mil. De um ano para cá, o crescimento da participação dessa faixa etária no programa foi de 142%.
Entre as razões para esse crescente interesse estão o acesso ampliado à informação e a facilidade que a tecnologia oferece. Com o universo de investimentos cada vez mais próximo e descomplicado, a contínua participação dos jovens se mostra como um movimento óbvio e natural.
Aliando segurança e simplicidade, o Tesouro Direto surge como a alternativa mais plausível para quem busca aplicar para além da caderneta de poupança. Para os iniciantes, a possibilidade de saber quanto exatamente será resgatado no vencimento representa confiança e proteção.
Além disso, o valor inicial mais baixo se comparado a outros investimentos, oferece maior abrangência para os jovens que ainda estudam ou estão em início de carreira. Ou seja, estão numa fase em que a maioria ainda não dispõe de muito capital para investir.
Assim sendo, o programa do governo federal se mostra uma boa alternativa para quem quer investir e ter rendimentos mais interessantes que a poupança. No entanto, os mais inexperientes devem estar atentos às particularidades do investimento.
A primeira delas é a necessidade de pesquisar as melhores corretoras Tesouro Direto. Isso porque a aplicação deve ser feita através de uma corretora ou banco. Muitos especialistas do mercado sugerem buscar uma corretora de investimentos de confiança, pois a chance de ter uma gama mais diversificada de títulos é maior.
Um dica importante é buscar no site do próprio Tesouro Nacional. A instituição fornece algumas informações que podem ajudar na escolha, como por exemplo: quais são as corretoras habilitadas no Tesouro Direto e quais as taxas cobradas por elas.
Nesse sentido, é importante compreender duas das principais taxas cobradas para que não haja surpresas após a aplicação. A taxa de custódia do Tesouro Direto é uma cobrança ligada à guarda dos títulos e possui o valor de 0,3% ao ano sobre o valor do título. Muitos investidores iniciantes acreditam que ela faz parte das taxas exigidas pela corretora, mas na verdade é cobrada pela BM&F Bovespa, a instituição responsável pela custódia.
A taxa de administração do Tesouro Direto, por sua vez, é cobrada pela instituição através da qual foi feita aplicação, que pode ser uma corretora de valores ou banco. Algumas instituições costumam isentar o investidor deste tipo de cobrança e isso pode ser um ponto a ser considerado na hora de escolher entre as melhores corretoras de investimentos.
Ademais, o crescente interesse dos jovens brasileiros nos títulos públicos pode ser uma indicação de que a tecnologia tem um papel abrangente entre eles, para além das redes sociais. A busca por investimentos mais rentáveis também pode ser uma demonstração de que, ao contrário do que muitos pensam, os jovens de hoje estão preocupados com o próprio futuro.