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Este artigo foi escrito exclusivamente para o Investing.com
O segundo trimestre de 2021 foi extremamente volátil para as criptomoedas. O bitcoin, que custava cinco centavos há onze anos, superou a marca de US$ 65.000. Os preços da criptomoeda líder explodiram antes de implodir.
O bitcoin registrou pico em 14 de abril, dia em que a Coinbase Global (NASDAQ:COIN) listou suas ações da Nasdaq. A ação atingiu a máxima de quase US$ 430, o que concedeu a essa plataforma de negociação um valor de mercado de US$ 100 bilhões. Na máxima, a COIN valia mais do que a CME e a ICE, duas plataformas de negociação estabelecidas. O bitcoin e a COIN perderam metade do seu valor após o recuo em relação às máximas.
Os investidores e traders eram atraídos para o criptomercado pelo poder da ação parabólica sem precedentes dos preços. O rali acabou perdendo força e gerou uma carnificina nos preços.
Agora que entramos no 3º tri, essa forma libertária de dinheiro enfrenta desafios, mas seus devotos acreditam que a correção nada mais é do que um impulso para outra oportunidade de compra. Alguns opositores continuam acreditando que as criptos sejam perigosas. Charlie Munger, sócio de 97 anos de Warren Buffett, chamou-as de “nojentas e contrárias aos interesses da civilização”.
Apesar da opinião de Munger, no que se refere ao desempenho, a tendência altista plurianual continua, mas a classe de ativos perdeu valor no 2º tri.
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Embora os preços das criptomoedas tenham explodido e atingido novas máximas no 2º tri, os resultados foram negativos ao final do período. No fim do 1º tri, sua capitalização de mercado era de US$1,978 trilhão, chegando a atingir o nível recorde de US$2,4 trilhões durante o 2º tri. No entanto, em 30 de junho, seu valor de mercado era de US$ 1,447 trilhão, uma queda de 26,85% durante o segundo trimestre.
O bitcoin contribuiu negativamente para esse desempenho, já que registrou uma queda de 42,11% desde 31 de março até 30 de junho de 2021. O bitcoin superou a marca de US$ 65.500 no trimestre, mas fechou cotado a US$ 35.000.
A explosão de preços do bitcoin, que o fez atingir sua máxima histórica em 14 de abril, acabou se implodindo.
O gráfico mostra que o bitcoin futuro levou quatro meses e meio para saltar de US$28.800 para US$65.520. Em menos da metade desse tempo, a moeda digital passou a descer de elevador. Um pouco abaixo de US$ 36.000 em 30 de junho, o bitcoin ainda continuava mais próximo da mínima do que da máxima de 2021.
A liquidação começou logo após Elon Musk decidir que os mineradores estavam deixando uma pegada de carbono muito expressiva, obrigando sua empresa, a Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), a não mais aceitar o bitcoin como pagamento por seus veículos elétricos. Entretanto, a atividade de venda mais intensa ocorreu mesmo depois que a China fechou o cerco contra a mineração e outras atividades, em sua preparação para lançar o iuane digital.
O bitcoin caiu mais de 42% no 2º tri. Embora muitos outros tokens tenham caído junto com o líder, o ethereum acabou subindo no segundo trimestre, não sem antes perder metade do seu valor.
O gráfico semanal mostra que o ethereum futuro atingiu US$4.406,50 durante a semana de 10 de maio e colapsou até US$1697,75 no fim de junho. O ethereum fechou a US$ 2265,49 ao final de junho, uma alta de 16,60% em relação à cotação de 31 de março de 2021.
As criptomoedas líderes moveram-se em direção opostas no 2º tri, mas ambas fecharam mais perto das mínimas do que das máximas ao longo do período.
O dogecoin (DOGE) começou como uma piada quando entrou no mercado no fim de 2013, a cerca de US$0,0002047 por token. Em 31 de março de 2021, ele valia US$0,06199, uma alta impressionante.
Como mostra o gráfico, o DOGE atingiu a máxima de 68,48 centavos em 6 de maio e estava sendo negociado a 24,45 centavos em 30 de junho, uma alta de quase quatro vezes no 2T.
O DOGE era uma piada até Elon Musk e outras celebridades abraçarem a criptomoeda, fazendo seu valor de mercado atingir US$32 bilhões e ocupar o sexto lugar, acima de XRP, solana, litecoin e muitas outras moedas que estavam voando alto ao final de junho.
A capitalização de mercado da classe de ativos pode ter caído 26,85% no 2º tri, mas não desacelerou o número de novos tokens que entram no mercado. Em 30 de junho havia 10.725 criptomoedas diferentes em circulação, uma alta de 1.680, ou mais de 18,5%, em relação ao final do 1º tri. Ao final de 2020, o número de criptos era de 8.153.
O número de criptos não para de aumentar, fazendo mineradores e especuladores jogarem dinheiro em novas emissões, na esperança de que sua aposta entregue retornos similares aos do bitcoin, ethereum, dogecoin e muitas outras criptomoedas líderes.
Enquanto isso, à medida que a capitalização de mercado cai, a constante inundação de novas entradas dilui a classe de ativos. Grande parte dos mais de 10.700 tokens são bilhetes de loteria que acabarão acumulando pó em carteiras eletrônicas. No entanto, o fervor especulativo continuará até que a memória de incríveis riquezas se apague na história.
Com a chegada do 3º tri e o segundo semestre de 2021, pelo menos quatro questões continuarão pesando sobre a emergente classe de ativos:
Custódia, segurança e carbono podem ser resolvidos através da tecnologia. Já a regulação e o controle governamental são outra história. Espero que essas questões ganhem relevo com o crescimento do valor de mercado da classe de ativos nos próximos anos. No início do segundo semestre de 2021, os governos esperam que não precisem lidar com a questão, em vista da queda do valor de mercado. Mas não espere que eles ficarão imóveis se a classe voltar a subir como em abril e maio de 2021.
Vejo muito potencial no blockchain e na revolução das criptomoedas. No entanto, acredito que veremos uma divisão em dois grupos: criptos e moedas digitais oficiais. As criptos continuarão abraçando a visão libertária do dinheiro. O iuane, dólar, euro e outras moedas em formato digital, ao lado de um número crescente de stable coins, tornarão as moedas digitais mais populares.
Nesse ínterim, a expectativa é que a volatilidade nas criptomoedas continue alta nos próximos meses, já que o interesse especulativo não para de aumentar.
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