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Cuidado pra não ser enganado

Publicado 14.01.2014, 10:22
A volta do rali (?) do lixo

Você começou essa semana de melhor humor. O trânsito ainda está em clima de fim de ano, a Bolsa deu uma amenizada e seu time entrou na pré-temporada, ficando mais próximo de acabar com um vazio interior que vem desde o final do Brasileirão. Não quero jogar água no chope, e por isso aproveito esses poucos dias de recesso do bar, enquanto você ainda insiste na dieta de início de ano que sabe bem onde vai dar... Mesmo com as altas de sexta e a tentativa de hoje, o Ibovespa luta contra um atraso de mais de 3% acumulado em poucos pregões de 2014. Pior, luta contra um prognóstico bastante desfavorável. Ainda pior: dá uma olhada na qualidade das altas do índice... Por enquanto, a ponta positiva do Ibovespa em 2014 é dominada por incorporadoras, Marfrig, Santander...

Fala que eu te escuto


Como caímos neste início de ano? O risco chinês bate à porta e o grande debate fica por conta da retirada dos estímulos nos EUA, e potenciais sinalizações sobre a perda do rating brasileiro. Ou seja, a tal Tempestade Perfeita é uma assimetria totalmente desfavorável para uma Bolsa de economia que cresce pouco com muita inflação, de moeda frágil e baixa credibilidade de governo. Falando nisso, a agenda econômica dessa semana destaca uma série de discursos de membros do Fed. Destaque para Lockhart, que fala hoje, e para o Bernanke, que fala na quinta-feira. Sem grande agito na agenda econômica e ainda à esperada da temporada de resultados do quarto trimestre, o ritmo de retirada dos estímulos dos EUA estará no centro dos holofotes.

01:35 - Não se engane (parte 1)

Falando nisso, um outro alerta. Diferente do senso comum, não acho que o Relatório de Emprego fraco que saiu sexta-feira muda algo nesse debate entre recuperação e retirada de estímulos americanos - até que ponto esses dois existem, e os próximos passos... O Relatório de Emprego é um indicador altamente sujeito a revisões posteriores e esse foi excepcionalmente afetado pelo pior inverno dos últimos 20 anos. Portanto, não façamos tempestade em copo d’água. Já não basta esta tormenta toda.

Não se engane (parte 2)

Pra variar, mais uma da série de estripulias do governo para bater a meta de superávit primário. Não bastasse as inflagens do leilão de Libra e dos Refis e os restos de contas a pagar deixados, a análise detalhada do superávit primário medíocre de 2013 mostra que a União adiou o repasse de recursos a Estados e Municípios para engordar sua parcela. Ou seja, ainda menos credibilidade para as contas do governo, ainda mais pimenta para as agências de risco. E o rating, óóóó...

A ferramenta para se proteger

Já conversamos sobre isso em outros M5M, sobre a impressão errada de que o mercado de opções é uma roleta russa. Dá para operar consciente - inclusive - de forma defensiva por esta via. Temos usado nossas carteiras de opções como ferramenta para se proteger (hedgear) da queda da Bolsa. Nesta semana, por exemplo, colocamos puts (opção de venda) de duas blue chips não apenas pela virtude de liquidez, mas também porque ambas parecem sujeitas a influências ruins em âmbito particular. Além disso, recomendamos uma outra opção de venda como forma de se expor à decisão de Selic da quarta-feira. Para comprovar o viés defensivo da carteira, são três opções de venda para duas opções de compra recomendadas.

O índice das commodities

O índice dá uma medida diária das variações no custo de transporte das principais matérias-primas. Ou seja, é um indicador simples de oferta e demanda, baseado no trânsito de commodities - que, cá entre nós, têm alguma importância para a economia brasileira. Pois o Baltic Dry acaba de registrar sua maior queda percentual diária na sexta-feira: -11,4%. As manchetes associam o derretimento ao aperto da regulação sobre as exportações de carvão pela Colômbia (quarto produtor mundial do produto). Mas contam também as expectativas quanto ao fim do processo de reestocagem de usinas chinesas e, principalmente, as incertezas relacionadas ao gigante asiático.

O papel do especulador

Agora, se você coloca inflagem de preços e volatilidade sempre na conta do especulador, o Baltic Dry infelizmente não lhe serve de argumento. Menos suscetível à influência do especulador, uma vez que não é um índice negociado, o Baltic Dry vem assim no pós-crise:

Gráfico 1.
O especulador muita vezes potencializa movimentos de mercado e alimenta variações artificiais nos mercados, mas também é um agente essencial para prover liquidez e tornar muitos mercados viáveis. Não é coisa do diabo.

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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