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Dança das Cadeiras na Esplanada dos Ministérios

Publicado 30.03.2021, 08:46
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Uma segunda-feira (29) caótica nos mercados. Tanto no Brasil, como no exterior, os ativos oscilaram sem rumo definido. Por aqui, a justificar, o Orçamento aprovado na semana passada, cheio de “armadilhas”, e a confusa “dança das cadeiras”, empreendida pelo presidente Bolsonaro. No exterior, os Treasuries operaram ainda mais pressionados, a atingir 1,77%, maior taxa desde janeiro, somando-se ao dólar em valorização. Receio aqui veio do turbinamento no crescimento dos EUA, em bom ciclo de vacinações, se descolando cada vez mais do resto do mundo.

Na manhã desta segunda-feira o chanceler Ernesto Araújo (EA) pediu demissão, depois de intensa pressão do Congresso; à tarde, foi a vez do general Fernando Azevedo, da Defesa ser demitido, e uma reacomodação de cargos acabou inevitável, com mudanças na Justiça e em posições chaves da “articulação política”, próximas ao gabinete do presidente no Planalto.

A saída de EA, do Ministério de Relações Exteriores, até que veio sem maiores turbulências. Como previsto, ingressou um diplomata de carreira, do cerimonial do Planalto, Carlos Alberto França, mudança esta bem acolhida pelos meios políticos e diplomáticos. O clima para EA era insuportável. Embora sem experiência em postos no exterior, França deve se destacar pela discrição e por não criar tensões com parceiros comerciais, como a China ou a Argentina.

Maior tensão no dia, no entanto, veio da mudança da Defesa, com variadas interpretações e análises. Ninguém esperava!

Parece-nos perceptível de que Fernando Azevedo não saiu satisfeito (deve ser seguido pelos comandantes da Aeronáutica, Exército e Marinha). Aliás, a relação de Bolsonaro com o general Edson Pujol, do Exército, não era das melhores. Especulações seriam de que o presidente já havia pedido a cabeça do comandante do Exercito, não aceita por Azevedo, por este não apoiar os desmandos do capitão. Surgem então duas indagações: para quê ele queria este apoio? Será que os militares abandonaram o presidente nas suas tentações autoritárias?

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Ao sair, Azevedo deixou um comunicado na qual sua gestão na Defesa se pautou pelos interesses do Estado brasileiro, não do governo Bolsonaro, “nesse período preservei as Forças Armadas como instituição de Estado”. Ou seja, havia, de fato, um clima de insubordinação no ar. Pelo jeito ele não aderiu às tentações populistas ou autoritárias do presidente.

O deslocamento do general Braga Neto para a Defesa, pode também ensejar a leitura de que o foi para tirá-lo do centro das decisões econômicas estratégicas do governo. Soma-se a isso, as mudanças ocorridas (e potenciais, que devem ocorrer), representam um enfraquecimento da ala mais ideológica do governo, e o fortalecimento dos mais pragmáticos, destacando Paulo Guedes, importante na travessia econômica até 2022. Deve perder espaço a ala mais desenvolvimentista do governo, favorável ao aumento de gastos.

Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, pode ser o próximo a sair, assim como Ricardo Salles do Meio Ambiente.

A somar a isso, a aprovação do Orçamento de 2021 na semana passada, cheio de emendas, ainda repercute. Se este passar na sanção presidencial, forçosamente, as despesas devem estourar o teto dos gastos o que obrigará o governo ao shutdown. Havendo isso, boatos são de que toda a equipe econômica pedirá demissão.

Neste contexto, como resultado, tivemos nos mercado a bolsa de valores volátil, a curva de juro em boa inclinação, claro sinal de desconfiança, e o dólar batendo os R$ 5,80. Ao fim o dia (dia 29), o Ibovespa subiu 0,56%, a 115.418 pontos, e o dólar valorizou 0,44%, a R$ 5,7663.

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AGENDA DO DIA

Nesta terça-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa de evento do Banco Daycoval (SA:DAYC4), às 14h. Antes, o mercado repercute o IGP-M de março (8h), que pode acelerar para a maior taxa em 20 anos (3,0%). Este impacto virá da alta dos combustíveis e das commodities e do câmbio depreciado. Ainda teremos as contas do Governo Central (14h30), déficit entre R$ 32,7 bilhões e R$ 16,3 bilhões. Já o Caged de fevereiro (10h30) deve vir positivo pelo segundo mês consecutivo, apontando a maior geração de vagas de emprego para fevereiro, de 260 mil na mediana (piso de 150 mil e teto de 283.936 vagas).

BALANÇOS – Depois do fechamento do mercado, saem os resultados trimestrais da Qualicorp (SA:QUAL3), Banco BMG (SA:BMGB4), Centauro (SA:CNTO3), Enjoei.com (SA:ENJU3) e Priner (SA:PRNR3). Promovem teleconferências: Neogrid (SA:NGRD3) (10h), Sabesp (SA:SBSP3) (10h30) e Espaçolaser (SA:ESPA3) (11h).

LÁ FORA – Nos EUA, o índice de confiança do consumidor (11h), medido pelo Conference Board, deve melhorar para 96,8 em março, de 91,3 em fevereiro. No final da tarde (18h), o BC do Chile divulga decisão de política monetária.

Vamos conversando.

Últimos comentários

Não é dança das cadeiras, é das pessoas! faz tempo q esse presidente virou marionete do centrão e stf. E NENHUM líder; seja de onde vier; está disposto a cortar os generosos e soberbos gastos públicos no executivo, legislativo, judiciário, militares, funcionalismo e tocar as reformas e privatizações!
Quanta ilação...está lendo muito UOL...
Ate ontem era destacada como quem assinasse embaixo...a decisao de um gestor de um fundo amarelo,azul,branco,melancia..: nao sei.. um desses ai ...o qual dizia q “quem votou em bolsonaro, não deve votar mais “ e q 2022 prenuncia dois extremos.. Lula e bolsonaro.. e acrescentou “ buscamos desesperadamente um candidato de Centro”..ora veja vc.. passado nem 24h, esse mesmo bolsonaro é massacrado por se chegar em tese mais ao centro... fazendo com isso uma dança das cadeiras e uma dança de neurônios, tentando entender ql é a narrativa a ser emplacada?! Devemos escolher então uma opção de centro?! .. esse mesmo centro q troca cargos se vende se compra com extremas esquerdas e extremas direitas?! Esse mesmo centro q em 2018 era considerado a velha politica por todos q nao queriam esquerda nem direita?!.:Vamos aguardando as próximas narrativas!!!
 Desvincular o Rei da Rachadinha do Centrão é conversa para gado dormir. Quando eu digo qualquer um eu digo qualquer um mesmo. Se Tiririca for eleito, pode ser humilde, reconhecer que nào entende nada e tentar montar uma equipe compentente. Diferente do demente que esta lá e, embora não saiba nada, fica intervindo em tudo. Isso sem contar a roubalheira da epoca do PT que continua!
sem fanatismo .. roubalheira continua?!
 Estude: Onix Lorenzoni, Ministro do Turismo, Dolar na Cueca, superfaturamento de compras no exercito e cloroquina, Rachadinhas em toda a familia, troca troca com o centrao, uso da PF e da Abin para proteger crimes de familiares e amigos, Fábio Wajngarten, informação privilegida da petro,, Micheque, imoveis ex esposa, Val do Acai,,... Ai vai dizer, mas nada provado. Ai eu digo, seu fetiche, o LUladrao, esta solto, ...
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