Mais do que nunca: #CoragemBC
IPCA de abril (0,24 por cento) um pouco acima das expectativas poderia nos levar a crer em um tom mais ameno do Bacen na próxima reunião do Copom.
Mas, olhando para os dados com mais cuidado: inflação de serviços continua em queda e alimentos que estão lá embaixo (1,75 por cento em 12 meses) – dá pra explicar boa parte da alta pelo comportamento de remédios, que têm o reajuste anual em abril. Para os próximos meses, o IPCA deve vir mais comportado.
Somando a isso o fraquíssimo nível de atividade e a preocupação com o (des)emprego (tudo que o governo não precisa agora é uma piora da já péssima situação do mercado de trabalho), ainda me parece mais provável um corte de 100 bps no fim do mês – o sonho dos 125 bps ficou bem distante depois da bomba de Joesley, mas me parece que também não é o caso de repetirmos os 75 bps.
A única fonte de preocupação para o corte de juros seria uma escalada vigorosa do dólar e, com os dados da balança comercial de abril, positiva em 1,2 bilhão de dólares, e o volume robusto de nossas reservas cambiais, isso me parece pouco provável (dólar subiu cerca de 4 por cento desde quinta passada).
Não é hora de sair raspando o pote, mas também não vejo motivos para desespero.
Meia calabresa...
Enquanto isso, aumentam os indícios de que FHC foi chamado para negociar um grande acordão, inclusive com o PT, para resolver rapidamente a crise política – talvez algo que envolva a renúncia de Temer sem que seja mandado para a alçada de Moro.
Que a crise é grave e demanda uma solução rápida é inegável, mas também não dá pra assar uma imensa pizza nos porões do Planalto.
Temer já pediu a dele com borda recheada.
De qualquer forma, com a sinalização de uma saída rápida, bem como o compromisso do Congresso em manter (alguma) agenda de reformas, Bolsa por aqui reage, com dólar estável e fechamento da curva de juros.
Masters of War
Mesmo com a repercussão de novo atentado, agora em Manchester, mercados mundiais abriram animados com os fortes dados de atividade na Europa. Perderam tração depois de números desanimadores relativos à venda de novas residências nos EUA, mas, de uma forma geral, há mais verde do que vermelho aqui na tela.
Cenário lá fora é bem esquisito: Trump tem pouco apoio e consegue se meter em uma confusão atrás da outra. A Europa, apesar dos bons dados econômicos, vive a incerteza do Brexit e dos movimentos extremistas, que ganham corpo a cada atentado terrorista – aliás, que tipo de pessoa explode uma bomba em um show com crianças e adolescentes?
"You've thrown the worst fear
That can ever be hurled
Fear to bring children
Into the world
For threatening my baby
Unborn and unnamed
You ain't worth the blood
That runs in your veins"
Bob Dylan – Masters of War
Em meio a tudo isso, Bolsas seguem renovando as máximas e o VIX volta pra perto das mínimas.
Já sabe, sem proteção...
Se o mundo está estranho, mas as Bolsas continuam subindo, o que fazer? Ficar fora dos mercados e correr o risco de perder o rali?
Ou, então, comprar ações e torcer para que o mundo (e o Brasil) não desande?
E se eu te disser que existe uma terceira opção – surfar o rali sempre contando com o seguro catástrofe na sua carteira!
O Felipe , seguidor ferrenho de Taleb e responsável pelo Palavra do Estrategista, está sempre preocupado com os eventos extraordinários e imprevisíveis – se as tragédias são imprevisíveis, o único jeito responsável de investir é carregar seguros o tempo todo.
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