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DePIN: Infraestrutura Descentralizada possibilitada pelo mercado de criptoativos

Publicado 01.10.2024, 13:15
Atualizado 09.09.2024, 19:44
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O conceito de Redes Físicas de Infraestrutura Descentralizadas (Decentralized Physical Infrastructure Networks - DePIN) representa uma das inovações econômicas mais promissoras e uma das narrativas que está sendo mais lucrativa no ciclo atual do mercado de criptoativos.

DePIN refere-se a redes de infraestrutura física descentralizadas que utilizam a tecnologia blockchain e incentivos criptoeconômicos para transformar a gestão e a propriedade de infraestruturas reais, promovendo o uso eficiente de recursos subutilizados globalmente.

Esses projetos DePIN podem abranger redes de recursos físicos ou digitais, operando sob modelos similares a existentes, mas dando prioridade a sistemas distribuídos em detrimento de estruturas centralizadas de mercado.

Ao contrário das principais soluções do mercado cripto que são voltadas para o mercado financeiro, como o DeFi (finanças descentralizadas) ou o RWA (ativos do mundo real), o DePIN propõe uma transformação abrangente, direcionada à descentralização de infraestruturas físicas e a criação de redes que podem operar de forma autônoma, promovendo cada vez mais integração econômica entre o mundo físico e o digital.

A proposta do DePIN é descentralizar a implantação e gestão de infraestruturas como redes de energia, telecomunicações e sensores, removendo a dependência de grandes corporações centralizadas. Isso é possibilitado pela utilização da tecnologia blockchain, que oferece uma camada de segurança, transparência e eficiência aos sistemas de gestão e operação dessas redes.

A descentralização dessas infraestruturas permite que qualquer pessoa contribua para a rede, ao mesmo tempo em que se beneficia dela, criando um sistema mais colaborativo e acessível.

Abaixo uma breve descrição dos atuais setores de DePIN:

  • Wireless: Infraestrutura sem fio, como wi-fi e 5G, que podem ser geridas de forma descentralizada.
  • Computação: Compartilhamento de recursos de processamento de dados, permitindo que usuários em todo o mundo contribuam com poder computacional para uma rede maior. Pode incluir desde hospedagem descentralizada até plataformas de computação em nuvem.
  • AI: Integração de Inteligência Artificial em redes descentralizadas visando otimização e automatização processos.
  • Energia: Gestão descentralizada de energia, como a produção, distribuição e armazenamento de energia renovável em redes que operam independentemente ou em conjunto com a rede elétrica principal.
  • Sensores: Uso de sensores interconectados em uma rede para coletar vários tipos de dados, como ambientais, de tráfego e meteorológicos, que podem ser utilizados para alimentar sistemas inteligentes e fornecer informações em tempo real.
  • Serviços: Serviços que podem ser oferecidos através de uma infraestrutura descentralizada envolvendo contratos inteligentes e/ou blockchain.

Um dos exemplos mais conhecidos de DePIN é o projeto Helium, que, através de incentivos descentralizados, conseguiu criar uma rede global de pontos de compartilhamento de internet sem fio, com quase um milhão de dispositivos.

Helium se destacou por ser um dos primeiros a implementar esse modelo de infraestrutura descentralizada com sucesso, mostrando como o uso de blockchain pode reduzir significativamente os custos operacionais e fornecer benefícios aos diversos agentes econômicos.

Outro exemplo no setor DePIN é o uso de tecnologias de energia distribuída (Distributed Energy Resources - DERs), como painéis solares e estações de recarga de veículos elétricos. Com o crescimento da utilização desses dispositivos, redes descentralizadas podem ser desenvolvidas para monitorar e gerenciar o uso de energia em tempo real, tornando possível a criação de programas automáticos de resposta à demanda (demand-response), onde os usuários ofertantes são recompensados por otimizar o consumo de energia em momentos críticos.

A natureza de DePIN permite uma abordagem diferenciada através de uma economia compartilhada, o que é chamada de "Sharing Economy 2.0."

Diferente de plataformas tradicionais como Uber (NYSE:UBER) ou Airbnb (NASDAQ:ABNB), onde há uma intermediação centralizada (Sharing Economy), o DePIN oferece uma distribuição mais equitativa de valor, permitindo que os participantes ganhem recompensas pela sua contribuição direta à rede, seja fornecendo dados, energia ou outros serviços físicos; além de que há uma redução (ou eliminação) da participação do intermediário.

A grande oportunidade que o DePIN oferece é a possibilidade de criar soluções reais, baseadas em demanda e utilidade, que são acessíveis e operáveis no dia a dia. No entanto, a implantação dessas redes e o desenvolvimento de uma base de usuários (demandantes e/ou ofertantes) fora do espaço cripto exigem um esforço significativo.

É necessário garantir que essas redes descentralizadas possam competir com soluções tradicionais em termos de custo, eficiência e usabilidade, atraindo assim tanto o público nativo cripto quanto empresas, instituições e usuários que estão fora do mercado de criptomoedas.

Assim, um dos principais desafios é a necessidade de um certo entendimento sobre blockchain, hardware e criptoeconomia, além da necessidade de entender como funcionam os modelos de negócios por trás de cada rede descentralizada em específico.

Dito isso, é preciso atrair demandantes e ofertantes de forma significa para estruturar o setor DePIN, o que não é trivial.

Portanto, este setor não é apenas uma evolução tecnológica inserida no mercado cripto, mas um marco no caminho para a adoção de blockchain no mundo real, assim como foi (e está sendo) o setor DeFi. O setor DePIN traz uma oportunidade de avaliar o valor da tecnologia associada aos criptoativos através do impacto que pode gerar no cotidiano dos indivíduos de modo geral.

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