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Depressão Econômica e Ações em Alta: Ambos Não Podem Estar Certos

Publicado 11.05.2020, 12:47
BLK
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A Grande Divisão

Existe atualmente uma “Grande Divisão" acontecendo entre a economia real perto da depressão e a disparada no mercado acionário. Dada a relação entre os dois, não é possível que ambos estejam certos.

Depressão econômica

Como Jay Denton, da Thinkwhy, observou:

“A perda de empregos em abril [nos EUA] foi a pior já registrada, e é provável que o desemprego continue aumentando nos próximos meses.A ThinkWhy acredita que o impacto no mercado de trabalho foi bastante concentrado no início, e os números totais de perdas de emprego mês a mês devem ser moderados em maio”.

  • A folha de pagamento não agrícola teve uma queda de 20,5 milhões em abril;

  • A participação da força de trabalhou registrou um decréscimo de 60,2%;

  • Os empregos no setor de lazer e hospitalidade tiveram uma forte retração de 7,653 milhões;

  • As revisões combinadas de fevereiro e março apresentaram queda de 214.000 empregos;

  • 32% dos adolescentes disseram estar desempregados;

  • 16,7% de trabalhadores negros e 18,9% de hispânicos relataram não ter emprego;

  • A parcela de desocupados da população economicamente ativa atingiu 2,3 milhões em abril, uma alta de 855.000 em comparação com o mês passado.

Apresentamos a seguir uma série de gráficos para contextualizar a magnitude do declínio.

Como a Agência de Análise Econômica dos EUA (BEA, na sigla em inglês) revisará o PIB do 1º tri para -8%, com estimativa de baixa de quase 20% no 2º tri, a taxa de desemprego de 14,7% deve atingir 20% no relatório de maio. São números nunca vistos desde a Grande Depressão e não encontram paralelo nos dados oficiais da BEA desde 1948.

Taxa de desemprego x PIB nos EUA

Participação da força de trabalho

Importante medida a ser observada, a participação da força de trabalho atingiu patamares negativos nunca vistos desde 1973. Desde a Crise Financeira, a participação da força de trabalho nunca subiu significativamente, apesar das taxas recordes de desemprego.Isso deve ao fato de que a força de trabalho encolheu de forma acentuada na última década, na medida em que cada vez mais participantes simplesmente “deixaram de ser contados”.

Taxa de participação na força de trabalho

O número de desalentados, isto é, de pessoas que estão fora do mercado de trabalho e não procuram mais emprego, disparou no último mês.

Número de desalentados

É possível acreditar que cerca de 56% da população americana em idade ativa não está mais procurando emprego?

Porcentagem de desalentados na população em idade ativa

Os salários são essenciais

Como observamos nem nossa #Macrovisão abaixo:

“O impacto dos níveis recordes de desemprego na economia gerará uma série de obstáculos para a recuperação da atividade. O primeiro, evidentemente, é uma profunda supressão do crescimento salarial ocasionada tanto por pressões recessivas quanto por perdas de emprego.”

Esse dado abrange apenas o período até o fim de MARÇO, considerando tão somente duas semanas de confinamento. O declínio nos gastos com salário e outras remunerações, considerando 20 milhões de desempregados, ultrapassará em muito as mínimas da Crise Financeira nos dados de abril.

Gastos com salário e outras remunerações

Observe a tendência de longo prazo nos salários e outras remunerações desde 1980. É por isso que não conseguimos atingir taxas maiores de crescimento econômico, haja vista que 70% desse crescimento se baseia em consumo.

Não haverá uma recuperação econômica em “V”.

Alta das bolsas ignora tudo isso

A justaposição entre os dados econômicos e a alta das ações é bastante impressionante.

SPY diário

Nossa tendência é concordar com BMO (Cortesia de Zerohedge) na razão subjacente:

“Tomando como base a ação dos preços nesta semana, os maiores vetores foram a realidade da grande emissão de títulos do Tesouro americano, aumentando a inclinação da curva e o espectro de taxas de juros negativas em 2021, o que fez com que o bojo apresentasse melhor desempenho, ao mesmo tempo em que empurrou os rendimentos de 2 anos para as mínimas históricas.”

Em outras palavras, o vetor do mercado é simplesmente “o Fed”, o que não é surpresa para ninguém.Por meio da flexibilização quantitativa, o Fed aumenta o excesso de reservas dos bancos. Como os bancos NÃO estão emprestando para os consumidores e empresas, o excesso de liquidez flui para o mercado de ações.

Excesso de reservas bancárias vs SP500

“Por pior que esteja a economia, as ações só caem se as pessoas venderem, com liquidações subsequentes. A indústria de gestão de ativos é predominantemente dirigida por gestores que têm a obrigação de continuar investidos em ações.

Há mais de US$ 100 trilhões sob gestão ao redor do mundo. Os dois principais gestores do mundo são a Blackrock e a Vanguard. A BlackRock (NYSE:BLK) gerencia a maioria dos ETFs, ao passo que a Vanguard é o maior fundo de índice.”

Adivinhe quem conduz os programas do Federal Reserve e o Tesouro americano? A Blackrock.

Se você deseja assumir posições de risco atualmente, o conselho é bastante simples.

Até agora não vimos grandes liquidações e, a menos que isso aconteça, os gestores de investimentos farão o seu trabalho e permanecerão investidos em ações. Estamos aconselhando nossos clientes a ficarem atentos a liquidações como um sinal de que o mercado testará novas mínimas." – TPA

Alta das ações vs. depressão econômica

Atualmente, a destruição econômica está acontecendo em tempo real, e a expectativa é que haja uma reversão em breve. Eu suspeito bastante que isso não vai acontecer. Como observamos na semana passada:

“Existe um loop de feedback negativo entre o emprego e o consumo. Com a alta do desemprego, o consumo cai em razão da falta de renda. Como as empresas operam com base na demanda de bens e serviços, a correlação entre gasto com consumo pessoal, investimento fixo e emprego é alta.”

PCE/Investimento Fixo/Emprego

“Apesar da reabertura da economia, as empresas não retornarão imediatamente à plena atividade operacional até que o consumo volte a níveis normais. Uma recuperação nesses moldes provavelmente frustrará as autoridades e o Fed.”

Não são apenas os dados econômicos que devem ser ruins nos próximos meses; tudo indica que os resultados corporativos também serão. Os resultados não estão isolados da economia. Como mostramos abaixo, os lucros corporativos flutuam com a atividade econômica.

Relação entre lucros corporativos e PIB

Nada disso parece importar no momento, pois tudo gira em torno do Fed.No entanto, é preciso não perder de vista o simples fato de que os mercados estão se desviando dos resultados de longo prazo. Historicamente, esses desvios não acabam bem para investidores excessivamente “altistas”. (Gráfico – cortesia de Albert Edwards via SocGen)

Relação Preço-Lucro Prospectiva do SP500

Basta que você se lembre de duas regras simples:

  • O mercado segue na direção dos resultados corporativos.

  • As reversões ocorrem de forma rápida.

Rotatividade do mercado de alta

Tudo isso indica que o risco ainda é maior do que o possível retorno de um investimento agressivo nos mercados.No entanto, isso NÃO significa que você não deva estar exposto aos mercados.Significa simplesmente que é preciso ter consciência do tamanho do risco que você está assumindo.

Na semana passada, discutimos nosso posicionamento setorial e a análise da nossa carteira:

“Atualmente, somente dois dos onze setores (saúde e transporte) não estão em território sobrevendido ou sobrecomprado.

  • Os índices de Tecnologia (XLK) e Comunicações (XLC) continuam fortes, pois são vistos como uma proteção contra o impacto econômico do coronavírus. (Acreditamos em um desempenho acima da média)

  • O setor de Energia (NYSE:XLE) foi um dos favoritos nas últimas duas semanas e encontra-se agora extremamente sobrecomprado. Estamos confortáveis com nosso stop loss, e o setor está barato do ponto de vista fundamentalista.

  • Os setores Imobiliário (XLRE) e de Utilidades Públicas (XLU) estão relativamente baratos, em parte devido à recente alta leve nos rendimentos dos títulos americanos. (Adicionamos posição nessas áreas)

  • O setor de produtos básicos de consumo (XLP) possui mais atrativos para uma possível adição de posição. O XLP saiu da sua condição sobrecomprado e entrou em território sobrevendido.

  • Os itens discricionários (XLY) estão se aproximando de patamares sobrecomprados. Não temos XLY em carteira, na medida em que muitas empresas subjacentes estão bastante sensíveis ao impacto econômico do coronavírus.

Valor Relativo de Setores vs 35 dias

O risco do mercado ainda é maior que o retorno

Embora o mercado tenha disparado na semana passada em direção ao topo da sua consolidação atual, o risco ainda sobrepuja o potencial ganho. Atualizamos o gráfico e as consolidações da semana passada.

SPY Diário

Com o avanço de sexta-feira, as relações de risco/retorno continuam desfavoráveis no momento.

  • -3,7% para a retração de 50% vs. 2,6% a média móvel diária (MMD) de 200. Risco retorno negativo.

  • -6,6% para a MMD 50 vs. 6,7% para o pico do repique de março. Risco/retorno igualmente balanceado.

  • -16,1% para as mínimas de 1 de abril vs. 10,3% para o fundo de janeiro. Risco retorno negativo.

  • -23,3% para a mínima de 23 de março vs. 15,7% para as máximas históricas. Risco retorno negativo.

O risco de uma retração, à medida que entramos nos meses de verão nos EUA, é maior do que a possibilidade de alta neste momento. É importante notar que isso NÃO significa que os mercados não possam voltar paras as máximas históricas. É possível que isso aconteça, embora não seja provável, e, como investidores, precisamos pesar nossos resultados.

Embora tudo indique que uma correção desse tipo não possa acontecer, tudo depende do momento em que isso ocorre.

Atualização de posição

Como notamos acima, continuamos realizando lucro nas operações e, como observamos em nossa analise de giro setorial, continuamos rebalanceando as ações em áreas que estão apresentando melhor desempenho. Seguimos fazendo o balanceamento da nossa exposição em ações, com hedges de neutralização, e ainda mantemos um elevado nível médio de caixa.

Só tenho certeza de uma coisa: uma disparada no mercado acionário NÃO pode coexistir com uma depressão econômica por muito tempo.

O mercado de ações NÃO é a economia.Mas a economia é reflexo daquilo que dá suporte aos preços mais altos dos ativos: lucros corporativos.

Faça você mesmo a matemática.

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