Como na semana passada e na anterior, o tom dos mercados esta semana é definido pela Grécia.
O país teria neste último fim de semana a oportunidade final de fechar um acordo. No entanto, em mais uma reviravolta, a Grécia convocou um referendo para o próximo domingo. O primeiro-ministro Alexis Tsipras disse, de antemão, que acredita que o povo grego dirá um grande não ao plano dos credores, o que levaria a Grécia a ser o primeiro país deixar a moeda única, o Euro.
Para os analistas, se por um lado isso aliviaria o peso negativo exercido pela economia grega sobre a divisa, por outro poderia prejudicar economias como a da Alemanha que, por ser muito exportadora, se beneficiava do valor artificialmente baixo do Euro.
Também é consenso que os índices da Bolsa teriam uma reação imediata negativa à saída do país do Euro, porém tendem a recuperar-se e mostrar resistência rapidamente, já que a Grécia representa menos de 2% do PIB da Zona do Euro. Além disso o mercado de ações conta com o suporte fornecido pelo processo de flexibilização quantitativa.
Os bancos do país e a Bolsa de Atenas estão fechados hoje, segunda-feira, e espera-se que permaneçam assim até dia 7 de julho. Já foi declarado o controle de capitais, o que provocou certo nervosismo dos mercados, refletido na queda de juros da dívida pública alemã. Isso indica que os investidores estão buscando ativos mais seguros como refúgio.
Nos EUA, os non-farm payrolls serão divulgados na quinta-feira, já que os mercados estarão fechados na sexta-feira, dia 4 julho, devido ao feriado do Dia da Independência no país. O Dólar tem sido favorecido nas últimas sessões, graças a bons dados econômicos e alguns comentários sobre as minutas da FED.