Boa semana, leitores das análises diárias do mercado de câmbio.
O dólar à vista fechou a semana passada cotado a R$5,7451 para venda, conforme informado pela corretora de câmbio Getmoney. Avançaram as negociações entre Ucrânia e Rússia e houve acordo fiscal na Alemanha.
Para esta semana, o mercado aguarda a decisão de juros dos Estados Unidos na quarta-feira, e a decisão de juros aqui do Brasil após o mercado fechar, também na quarta.
Nos EUA está precificada pelo mercado a manutenção dos juros na atual faixa. O que pode pesar na decisão são as ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, referente às tarifas de importação. Essa guerra comercial tem potencial para balançar os mercados, afinal, já estamos vendo a queda da confiança do consumidor e possível desaceleração na economia norte-americana. O mais provável que ocorra por lá são três cortes de 025% no ano. A divulgação do documento pós decisão de juros trará impacto sobre a taxa de câmbio. Nele perceberemos o quanto o Fed está preocupado com preços e emprego e o que falará mais alto. Não sabemos se haverá algum guidance quanto à manutenção, corte ou aumento para as próximas reuniões.
Já aqui no Brasil, haverá alta de 1% para nossa Selic, conforme o colegiado anunciou na última decisão. Atualmente a taxa está em 13,25% ao ano. O mais importante será o comunicado pós-anúncio da nova taxa de juros. Veremos se neste comunicado vislumbramos pistas sobre os próximos passos na trajetória de juros Brasil. Nosso mercado de trabalho continua forte, a taxa do dólar arrefeceu, a atividade econômica diminuiu, a inflação está acima do teto (perspectiva é que isso se mantenha assim até julho) e o endividamento público menor, apesar de crescimento da dívida pública. Este é o cenário que o Copom deve considerar para o futuro do Brasil.
Em tese, os juros aumentando aqui e se mantendo inalterados nos EUA fariam com que o real ficasse forte e a taxa de câmbio do dólar caísse. Vamos acompanhar.
No calendário econômico para hoje sairá no Brasil o tradicional Boletim Focus semanal (8:25 hrs) e o IBC-Br, considerado a prévia do PIB (9:00 hrs). Nos EUA teremos as vendas no varejo de fevereiro (9:30 hrs). Da zona do euro acompanharemos discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE (11:00 hrs).
Bons negócios a todos, muito lucro e excelente semana.