Bom dia, leitores das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o pregão de ontem cotado a R$5,6413 para venda, conforme informado pelos operadores da mesa de câmbio da corretora Getmoney.
Esta queda é justificada pela pelo diferencial de juros (carry trade) entre o nosso país e os EUA e também pelo fato de, pelo menos até o momento, o Brasil estar na alíquota de 10% (a menor faixa) implementada pelo governo Trump. Esse cenário deixa a possibilidade de que aumentarão as exportações do Brasil, uma vez que será mais barato comprar de nós do que de outros países. Não esqueçam que após a trégua de 90 dias, se não saírem mais acordos, a guerra comercial pode ser intensificar. Por enquanto o que houve de significativo foi apenas entre os EUA e China e EUA e Reino Unido. Essa incerteza tarifária continua sendo um entrave para o crescimento global.
E seguem as preocupações relativas à área fiscal tanto aqui, quanto nos EUA. Quanto ao Brasil, ontem o presidente Lula assinou uma MP chamada "justiça tarifária", na qual pequenos consumidores ficarão isentos de pagar as contas de energia e uma outra parcela terá desconto nas contas. Essa medida trouxe novas preocupações quanto a impactos que poderemos ver nas contas públicas. E para vocês que acompanham o câmbio uma informação sobre os leilões de swap cambial tradicionais: eles voltarão a ocorrer apenas em 2 de junho, não terão rolagem de volumes exato e os resultados e divulgações desses leilões se darão sempre através de comunicados do BC.
Agora falando sobre os EUA: após o rebaixamento da nota de crédito pela agência Moody’s, o mercado agora monitora a tentativa dos Republicanos de fechar um acordo para aprovação de um projeto de lei que visa corte de impostos. Esse corte pode impactar num aumento da atual dívida de US$ 36,2 trilhões do governo federal norte-americano na ordem de US$3 trilhões a US$5 trilhões.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar na zona do euro, antes do mercado abrir, os PMIs de serviços, industrial e composto de maio. Às 8:30 hrs saem as atas da última reunião de política monetária do BCE. Teremos ainda discursos de Elderson (12:00 hrs) e Luís de Guindo (12:35 hrs), ambos do BCE. Aqui no Brasil teremos a reunião do CMN (9:00 hrs). Nos EUA temos os pedidos por seguro-desemprego (9:30 hrs), os PMIs industrial, de serviços e global de maio (10:45 hrs), as vendas de casas usadas de abril (11:00 hrs) e discurso de Williams, do Fomc (15:00 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro.