Bom dia, leitores das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o dia de ontem em baixa, cotado a R$5,662 para venda, conforme informado pelos operadores da mesa de câmbio da corretora Getmoney.
A decisão de juros no Brasil após fechamento do mercado, na noite anterior ao pregão de ontem, refletiu na taxa do dólar. O Copom anunciou a uma alta de 0,5% na Selic. Agora a taxa de juros do Brasil está em 14,75% ao ano, a mais alta desde 2006. No comunicado, o Copom não sinalizou que haverá uma nova alta, portanto o mercado entendeu que tanto pode ter encerrado o ciclo quanto podemos ter mais um aumento de 0,25%. A projeção de inflação para 2026 ter sido reduzida também deu suporte ao real. O diferencial de juros, carry trade, ficou ainda mais vantajoso para o nosso país.
O fato de haver um acordo entre o Reino Unido e os EUA a respeito das tarifas de importação do governo de Donald Trump animou ainda mais o mercado. O acordo oferece um alívio sobre tarifas de automóveis, aço e alumínio, mas a tarifa geral de 10% continua em vigor. A possível conversa entre China e EUA no final de semana também trouxe otimismo. O jornal New York Post informou ontem, sem citar a fonte, que os EUA estuda reduzir pela metade a tarifa de 145% sobre as importações chinesas. A Casa Branca disse que essa notícia foi mera especulação. E segue a novela…
O que posso dizer para vocês que me acompanham aqui é que o ambiente no câmbio ainda está muito sensível a qualquer notícia sobre as tarifas e o cenário previsto é de volatilidade, com muitas incertezas.
No calendário econômico para hoje vamos ter no Brasil o IPCA de abril (9:00 hrs). Nos EUA, antes do mercado abrir, discursos de Williams, membro do Fomc, e Barr, vice-presidente de Supervisão do Fed. Haverá ainda discurso de Barkin (9:30 hrs) e de Williams, membros do Fomc (12:30 hrs).
Bons negócios a todos, muito lucro, um excelente final de semana e Shabat Shalom aos amigos de fé judaica.