Boa semana, caros leitores das análises do mercado do câmbio. O dólar à vista encerrou a semana passada cotado a R$ 6,1031 para venda, conforme informado pela Getmoney corretora.
A alta da moeda norte-americana desta vez foi devido ao Payroll, que mostrou dados fortes do mercado de trabalho dos EUA. Os números vieram bem acima do projetado do mercado e demonstram que a economia por lá está bem aquecida e resiliente. Os fatores domésticos continuam a fazer preço no câmbio também e contribuem para o dólar estar acima de R$ 6,00. São eles a inflação acima do teto da meta, com expectativas de inflação desancoradas, a política fiscal desacreditada e pouca ou nenhuma vontade de cortar gastos para que tenhamos um equilíbrio fiscal.
Essa semana a liquidez, que esteve baixa na semana passada, deve aumentar. Devemos continuar com a depreciação cambial, ainda que o o Banco Central faça leilões, o que é pior, pois queima reservas e não resolve a questão. Nos EUA o cenário é o seguinte: dados mostrando um mercado de trabalho aquecido, inflação se aproximando da meta do Fed e alto grau de incerteza com relação aos impactos da política comercial do governo Trump. O que é praticamente certo por lá é que o Fed não deve mexer com a taxa de juros nesta próxima reunião de política monetária.
Ainda na sexta feira, o governo dos EUA impôs o maior pacote de sanções até agora visando as receitas de petróleo e gás da Rússia, numa tentativa de dar a Donald Trump uma vantagem para alcançar um acordo de paz na Ucrânia. Com isso, o petróleo fechou em alta de mais de 3%, com o mercado focando em possíveis interrupções no fornecimento e mais sanções dos EUA à Rússia.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar aqui no Brasil o tradicional Boletim Focus (8:25 hrs). Nos EUA, o Balanço Orçamentário do Fed de dezembro (16:00 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro.