Bom dia, mercado do câmbio! O dólar à vista fechou a semana passada cotado a R$ 5,79268 para venda, conforme informado pela mesa da corretora Getmoney.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na semana passada que fará anúncio de novas tarifas de importação no país, na mesma magnitude das impostas a produtos norte-americanos no exterior. Produtos do Canadá já foram taxados em 25%, as taxas nos produtos do México estão em stand-by por 30 dias (também em 25%) e da China já estão taxados em 10%. Tarifas de importação dariam força à inflação e fariam o Fed manter juros altos por lá. Por outro lado, saiu um Payroll abaixo do esperado na sexta passada e isso permitiria que o Fed diminuísse a taxa de juros nos EUA.
Aqui no Brasil, a nossa taxa Selic continuará subindo mais 1% na reunião de março e provavelmente teremos mais uma ou duas altas nas reuniões seguintes. O nível de preços no Brasil segue longe da meta e pressiona o Banco Central a fazer uma política monetária mais restritiva para conter a inflação.
Nos próximos dias, o chair do Fed, Jerome Powell, deve explicar o impacto sobre a inflação das tarifas do novo governo Trump e também a aceleração nos preços no Relatório de Política Monetária semestral. O que ele disser deve trazer impacto sobre a projeção do mercado para a trajetória da taxa de juros nos EUA. Existe uma dúvida agora se haverá corte de juros em 2025 por lá.
Por aqui a expectativa era em cima de corte de gastos, porém o presidente Lula disse que divulgará no decorrer desta semana um programa de incentivo ao crédito para os mais pobres. A depender de como for, isso tem potencial de impactar na taxa de câmbio.
No calendário econômico para hoje teremos na zona do euro, antes do mercado abrir, a confiança do investidor de fevereiro. Depois, discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE (11:00hrs). No Brasil, sairá o Boletim Focus (8:25 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro.