A turbulência recente nos mercados externos, que se estendeu ao Brasil, levou alguns analistas a questionar o espaço para o Banco Central entregar um aumento mais agressivo dos juros de 100 pontos-base em 4 de agosto. O Copom já promoveu três altas seguidas de 75 pontos-base na Selic, tirando a taxa da mínima recorde de 2% em meados de março para os atuais 4,25%.
Quanto a reforma tributária, o governo estuda duas alternativas para evitar a perda de arrecadação de estados e municípios: criação de um seguro para garantir a manutenção do atual nível do FPM e do FPE que recebem parte da arrecadação do IRPJ e reduzir a alíquota de 9% da CSLL.
Ainda sobre o tema, empresas avaliam pagar dividendos antes da reforma, o que pode elevar o dólar, pois filiais de mulltinacionais remeteriam os recursos de uma vez.
Código do consumidor muda e facilita negociação de dívidas para pessoa física e, dessa forma, aumentar a arrecadação.
Prévia da inflação, IPCA-15 sobe 0,72% em julho, maior variação para o mês desde 2004 e acima do esperado pelo mercado. E todo o estresse do mercado de câmbio na sexta girou em torno disso. O IPCA-15 alimentou a desconfiança dos agentes em relação ao comportamento futuro da inflação de serviços
Atividade empresarial nos EUA esfria mais em julho. A leitura preliminar de seu índice PMI composto, que rastreia os setores de manufatura e serviços, caiu para uma mínima em quatro meses de 59,7, de 63,7 em junho. Leitura acima de 50 indica crescimento no setor privado.
A semana passada ficou volátil para o câmbio e oscilando com a política interna e notícias e dados do exterior, o que deve ser também panorama desta semana. Semana de PTAX, que é muito importante para o mercado, mas previsão de bastante volatilidade ainda.
Sexta-feira o dólar fechou a semana com a taxa de câmbio oscilando entre R$ 5,1592 e R$ 5,2327, mas fechando a semana em R$ 5,211 com as variações semanal, mensal e anual, da moeda americana em alta de 1,86%, 4,77% e 0,42%, respectivamente.
A volatilidade do real é a mais alta dentre as moedas emergentes. Existe um recente movimento de desmonte de posições compradas em real por parte de fundos locais.
Atenção, pois nesta semana os EUA divulgam dados preliminares do PIB do segundo trimestre, bem como aguardados números de inflação.