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Dólar vs. Real e o Novo Normal: É Melhor Já Ir se Acostumando

Publicado 30.01.2020, 12:23
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Por Ernani Reis, analista da Capital Research

Chegamos hoje ao nosso décimo artigo publicado aqui no Investing e queremos agradecer. A oportunidade de compartilhar informações, conhecimento e opiniões com vocês representa, sem dúvidas, a maneira democrática com que nós da Capital Research sempre buscamos para incentivar e orientar os investidores. Para todos que têm nos acompanhado, o nosso muito obrigado!

E para marcar a coluna de hoje, vamos falar de um tema que direta ou indiretamente afeta a vida de todos os brasileiros: o preço do dólar. Com a perspectiva de um novo corte de 0,25 p.p. na taxa básica de juros, que levaria a Selic para 4,25% a.a. na semana que vem, e um crescimento do PIB de 2020 projetado para 2,31%, a expectativa sobre o preço da moeda americana ao final do ano permanece em torno dos R$ 4,10.

Os números não são meus. Estão devidamente registrados no último Boletim Focus divulgados pelo Banco Central. Mas quem olha o dólar oscilando no patamar dos R$ 4,20 já há algumas semanas se pergunta: afinal, por que o dólar não cai?

Antes de darmos qualquer resposta definitiva, cabe fazer uma ressalva: tratando-se de câmbio, os fatores de influência são muitos e aqui falaremos apenas de alguns deles que, na minha opinião, afetam diretamente a realidade dos investidores. De qualquer forma, você já conhece a famosa frase de Edmar Bacha, um dos criadores do Plano Real, que já virou lugar comum: “o câmbio foi criado por Deus para humilhar os economistas”. Dito isso, vamos aos fatos.

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O novo normal

Com o fim da era dos juros altos, muitos investidores estrangeiros passaram a liquidar suas posições, principalmente em títulos da dívida brasileira, em busca de novas oportunidades. Essa fuga era esperada e tende a ser compensada por novos investimentos menos “especulativos”, o que é melhor para o mercado como um todo e já está acontecendo, conforme falamos no artigo anterior.

Soma-se a isso o fato de que as falas tanto do presidente do Banco Central, que demonstra tranquilidade quanto ao novo patamar do dólar e da inflação, e do próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, que já afirmou em pelo menos duas oportunidades que o cenário de juros baixos e dólar alto é o “novo normal”, e podemos compreender que, enquanto a política econômica deste novo governo permanecer, o contexto não deve mudar.

Dessa forma, nos resta entender que o patamar atual da moeda americana favorece principalmente as exportações, mas joga contra as dívidas em dólar que, aos poucos, vão sendo substituídas por dívidas locais graças, novamente, aos juros mais baixos.

Em paralelo a isso, é preciso também entender o contexto internacional. A incerteza sobre o desempenho das duas maiores economias do mundo foi longa. Só “ontem” EUA e China assinaram a primeira fase do acordo comercial, depois de uma guerra que se arrastou pelos últimos dois anos. E mesmo depois disso, os investidores estrangeiros ainda são tomados pela cautela já que, agora, acompanham a corrida presidencial norte-americana, sem tirar o olho do processo de impeachment de Donald Trump, a escalada da tensão no Oriente Médio e a mais recente crise sanitária com a propagação e a letalidade do novo coronavírus.

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Diante de tudo isso, a projeção de crescimento ainda moderado para China e EUA acaba limitando também a velocidade de expansão dos países emergentes e, para qualquer investidor sensato, ser comedido quando não se tem oportunidades claras sempre é uma estratégia inteligente. Pior para o nosso real, que ainda é visto como um risco maior que diversas outras moedas, sobretudo, o dólar.

O que anima é que as projeções para a economia brasileira vêm se mostrando consistentes daqui para frente, apesar de ainda deixarem a desejar no quesito velocidade. Em outras palavras, a oportunidade de uma rápida virada (no câmbio, mas também em outros fatores) requer agilidade na aprovação das reformas e na redução da ociosidade na indústria. Tudo isso para tentar nos manter em um contexto descolado (e mais otimista) em relação aos demais países emergentes.

Desse modo, a concretização desse cenário é o caminho mais natural para a valorização do real frente às demais moedas. Mas nós sabemos que, sobretudo em ano de eleições, o avanço dessa agenda vai demandar muito esforço do governo e pode não ocorrer na velocidade que o mercado gostaria. Em outras palavras, é melhor já ir se acostumando.

Últimos comentários

hora do plano B! ₿itcoin!
Os produtores brasielrios agradecem. O agronegócio e a indutria brasileira precisam se sustentar e gerar empregos.
O Brasil precisa de captação de solar em forma de investimento, não especulativo que conforme o vento muda de direção. Então se o dólar ainda esta alto, com as medidas certas captaremos dinheiro de fora em forma de investimentos que gerem renda para o país.
Mas você já sabe como estocar o vento?
Compressor de ar.. kkkkk
Existem vários fatores que justificam essa faixa de oscilação do dolar e tem aqueles que só enxergam a bandeira política. Por favor sejem sensatos...
bolsominion que reclamava do dolar a 3,90 hoje comemora 4,30,por favor se for me mandar pra algum lugar me manda para Noruega social democrata
Nem precisa ser eleitor do Bolsonaro para ver a burrice desse cara. Tá no lugar errado chapa!
Nem precisa ser eleitor do Bolsonaro para ver a burrice desse cara. Tá no lugar errado chapa!
 tá nervosa bem?
Nãoestá gostando? Venezuela é logo ali, boa viagem.
Venezuela é o padrão de comparação dos B17. Vai conhecer a Europa, vai.
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