Garanta 40% de desconto
💎 WSM subiu +52.1% desde que foi selecionada por nossa estratégia de IA em dezembro. Acesse todas as açõesAssine agora

Dos Males, o Menor

Publicado 16.08.2017, 09:02
Atualizado 10.01.2024, 08:22

Mal o governo anunciou que elevará o rombo das contas públicas para R$ 159 bilhões em 2017 e em 2018, deteriorando também a estimativa para 2019 e 2020, a Standard & Poor's (S&P) deu um voto de confiança ao Brasil e retirou a nota de risco de crédito (rating) da observação negativa para possível rebaixamento. Trata-se de uma boa notícia em meio à piora das metas fiscais nos próximos anos, o que afasta o risco de rebaixamento do país.

O mercado doméstico deve reagir com entusiasmo ao final feliz dado pela agência de classificação de risco, após o nervosismo dos últimos dias nos negócios em meio às idas e vindas sobre as mudanças do déficit primário. A decisão da S&P de reafirmar o rating do Brasil em BB (SA:BBAS3) e manter a perspectiva negativa anula as especulações de rebaixamento iminente e reforça os sinais de que a economia está se estabilizando.

A nota do país estava em revisão para possível rebaixamento e havia o receio de que a S&P seria a primeira das três grandes agências a taxar o Brasil com potencial risco de dar calote na dívida. Agora, mudou o viés e a reafirmação do rating mostra a confiança na agenda de reformas do governo e na capacidade da equipe econômica em conter o crescimento das despesas.

Ontem, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destacou que foi a forte queda na arrecadação, diante da retomada lenta da atividade econômica, que levou o governo a prever que os gastos irão superar as receitas em mais R$ 20 bilhões neste e no próximo ano. Ele anunciou uma série de medidas para reduzir custos, entre elas o adiamento do reajuste ao funcionalismo e a fixação de um teto aos servidores, e voltou a defender a reforma da Previdência.

O governo tem pressa e quer tirar logo o assunto sobre a meta fiscal da pauta, trazendo de volta às manchetes a discussão sobre as mudanças nas regras para aposentadoria. Ainda mais agora que a reforma política foi aprovada em comissão e será encaminhada ao plenário da Câmara, abrindo espaço para um fundo público para a campanha eleitoral e também para o chamado “distritão”

Por ora, o governo quer autorização do Congresso para aumentar o teto para o rombo das contas públicas, já que o que está em vigor hoje é um déficit de R$ 139 bilhões para este ano e de R$ 129 bilhões para o ano que vem. Ou seja, os parlamentares precisam permitir que as contas fiquem ainda mais no vermelho até o fim do mandato do atual governo.

De qualquer forma, o número anunciado passou longe dos R$ 170 bilhões, como chegou a ser ventilado, e praticamente repete o rombo anunciado no ano passado. Mas isso também não significa que a meta do ano que vem será realmente cumprida. Isso porque 2018 é ano eleitoral e as chances de inchar a máquina pública às vésperas do evento é grande.

Hoje, porém, os investidores devem respirar aliviados e reforçar a convicção de que o governo está no caminho certo, devendo entregar alguma reforma da Previdência antes de 2018 e outras medidas capazes de reduzir a rigidez orçamentária até 2020, já no âmbito do próximo governo. O sinal positivo que prevalece no exterior tende a dar ritmo aos negócios locais.

No exterior, o destaque é a ata da reunião de julho do Federal Reserve (15h). O documento pode dar pistas adicionais após o lacônico comunicado que acompanhou a decisão no mês passado, quando a autoridade monetária apenas reconheceu que a inflação perdeu força e que vai detalhar a estratégia de redução do balanço patrimonial em setembro.

Pela manhã, saem dados sobre a permissão e a construção de moradias nos Estados Unidos em julho (9h30), além dos estoques semanais norte-americanos de petróleo bruto e derivados (11h30). Logo cedo, é a vez da segunda leitura do PIB da zona do euro entre abril e junho deste ano.

No Brasil, destaque para novos indicadores de atividade. Desta vez, será conhecida a pesquisa do setor de serviços referente ao mês de junho (9h), que pode dar novas pistas sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano. Antes, saem as leituras parciais deste mês do IPC-S e o IGP-10 (8h).

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.