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Em semana de Copom, o governo se irrita com os juros elevados

Por Felipe SichelResumo do Mercado03.02.2023 12:12
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Em semana de Copom, o governo se irrita com os juros elevados
Por Felipe Sichel   |  03.02.2023 12:12
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A semana mais movimentada até agora chega ao fim com uma pletora de informações relevantes a serem comentadas tanto na economia global como na local.

Relevantemente, o Fed reduziu novamente o ritmo de normalização da política monetária ao subir os juros em 25 pontos base, o Banco Central da Inglaterra deu sinalizações sobre o fim do ciclo de juros e o Banco Central Europeu reforçou a perspectiva de ao menos mais uma alta de 50 pontos base na reunião de março. Fora isso, a leitura do Payroll de janeiro mostrou que a convergência da inflação nos EUA pode ser atrasada por conta de um mercado de trabalho que dá todos os sinais de ainda estar extremamente aquecido. 

Apesar de todas essas novidades extremamente interessantes para a conjuntura econômica e preços dos ativos financeiros, somos obrigados a discutir questões relativas à institucionalidade do Banco Central do Brasil e às preferências econômicas do governo.

Conforme esperado, o Copom manteve a taxa Selic inalterada em 13,75% em sua 252ª reunião. O comunicado trouxe algumas inovações relevantes que reforçam uma leitura hawkish da decisão. Especificamente, o Banco Central destaca um cenário alternativo em que a taxa de juros é mantida inalterada em todo o horizonte relevante, o que provocaria convergência da inflação à meta em 2024. Ademais, a autoridade monetária dá ênfase aos riscos fiscais e à consequente elevação das expectativas de inflação no horizonte relevante e muda a caracterização deste para dar maior peso a 2024.

A postura da autoridade monetária é justificada. De fato, por mais que a taxa de juros nominal esteja em patamar já elevado, o aumento das expectativas de inflação no horizonte relevante sugere que não há espaço para reduzir o grau de aperto monetário.

A reação do governo foi quase imediata. Na quinta-feira a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, criticou a postura do Banco Central. No mesmo dia, à noite, o presidente Lula deu uma entrevista na televisão onde voltou a criticar fortemente o patamar de juros, a independência do Banco Central e as metas de inflação.

Como dissemos em nosso comentário pré-Copom na semana passada, há “dúvidas sobre o posicionamento institucional da autoridade monetária. Ainda que em parte sejam “ruídos políticos de curto prazo”, o fluxo de notícias durante as últimas duas semanas sobre a independência do Banco Central, a meta de inflação, a composição do Copom e as críticas repetidas ao nível de juros atual elevam, por si só, a dispersão das projeções de inflação, sua volatilidade e pressionam o prêmio de risco.

Ou seja, parte grande do motivo da Selic estar em patamar elevado e projetada a permanecer neste nível é justamente o ruído político gerado pelo governo em torno do assunto.  A outra parte é a incerteza em torno da política fiscal, com pouca clareza sobre os planos para o novo arcabouço a ser apresentado pelo governo em abril. Até lá, a perspectiva de desaceleração deve reforçar o ímpeto por mais medidas de estímulo fiscal e parafiscal, sugerindo efetivamente que as contas públicas seguirão pressionadas.

Assim, não vemos espaço no curto prazo para alívio da política monetária, ao mesmo tempo que isso aumenta a perspectiva de novas críticas do governo. As críticas efetivamente mantêm o patamar de incerteza elevado na economia local, sugerindo que o prêmio de risco seguirá cobrando seu preço nos ativos.

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Comentários (19)
MJX Servicos
MJX Servicos 07.02.2023 10:20
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a economia é experiencia, creio que substituir o atual presidente do BC seria uma experiência
Marcus Freitas
Marcus Freitas 06.02.2023 7:39
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Pesquisem.. Haddad não inspira confiança e futuro do Brasil comprometido, segundo economista internacional após reunião de representantes de vários países.. isso vc não vai ver na tv aberta
Flavio Silva
Flavio Silva 04.02.2023 10:49
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Se irrita com a própria burrice? Estourar teto e fazer dívidas demais dá nisso, ou quer que desenhe?
04.02.2023 10:09
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Não é o que a Mônica de Bolle diz.
Sergio Rogante
Sergio Rogante 04.02.2023 10:01
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Incrível ver a sanidade volta a mente dos isentões, pena que um pouco tarde. Agora que o país já está entregue a cleptocracia, que só acredita em suas pseudo verdades e entende ser capaz de reescrever a história. Seu líder, Dilmo II, acredita que pode comprar o apoio de todos com o dinheiro público. A inflação será seu freio. Mas ele se vê como um ser supremo, que não pode ser parado! Então, meus caros, assistam a implantação da dominância fiscal, algo que os economistas alinhados viviam apregoando, aconteceria no governo passado (sem justificativas críveis), e agora, parece, esqueceram a definição, sob o risco real de materialização.
Aurio Tenorio
Aurio Tenorio 04.02.2023 9:58
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me parece que o problema todo é o sentimento de que as decisões do bc não estão sendo decisões técnicas. A lambança na conta dólar é muitissimo esquisita.
Marcelo Grassi
Marcelo Grassi 04.02.2023 9:52
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O proprio governo que reclama da taxa de juros altas, um das unica ferramentas que ainda temos para controlar a inflaçao é o mesmo governo irresponsavel que acha que basta imprimir mais dinheiro. Torco para o pais mas assim nao tem como dar certo! Se consegurem interferir tambem no BC, soh vai restar fazer as malas e abandonar o barco!
Washington Barbosa
Washington Barbosa 04.02.2023 9:37
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Toda ver que o ex presidiário abre a boca a inflação sobe e o BC não pode baixar a taxa de juros
bEmmanuel Maciel
bEmmanuel Maciel 04.02.2023 9:10
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fazueli cambada
valquiria ferreira
valquiria ferreira 04.02.2023 9:05
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Giverno populista, ignorante ao fala bobagem, equipe econômica fraca, so esperamos o caos. Rspero esta errada, mas ja vimos esse filme.
 
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