ANÁLISE TÉCNICA:
Ativo segue em tendência de baixa, testa agora o suporte em 14,70, perdendo-o poderá ir até os 13,80.
Houve hoje uma resposta positiva nesta região.
Sua próxima resistência fica em 16,00, podendo ocorrer lateralização após o seu rompimento.
Demais resistências: 18,50 e 19,70.
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ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
A Embraer (SA:EMBR3) atua nos segmentos de Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança e Aviação Agrícola. Ela projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer suporte e serviços de pós-venda. A empresa é líder na fabricação de jatos comerciais de até 130 assentos, já foram entregues mais de 8 mil aeronaves, sendo a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil.
Há dois anos a empresa tem registrado tendência de queda da margem bruta. No primeiro trimestre de 2016, o forte crescimento da receita determinou reversão do prejuízo de R$ 196,1 milhões no 1T15 para lucro de R$ 385,7 milhões.
A Receita líquida atingiu R$ 3.217,5 milhões no 1T17, representando queda de 36% em relação aos R$ 5.048,5 milhões do 1T16, principalmente em função do menor número de entregas de aeronaves.
Segmentação
Aviação Comercial
A atual base de clientes de E-Jets tem se expandido continuamente. Ao longo do 1T17, a sul-africana Airlink ingressou na família de operadores E-Jets. A companhia aérea está adquirindo cinco E-Jets ― três E170s e dois E190s — da ECC Leasing, subsidiária da Embraer, como parte de sua estratégia de crescimento e modernização. A Airlink começará a receber as aeronaves no primeiro semestre de 2017.
No segmento de jatos comerciais com 70 a 130 assentos, a Embraer mantém a liderança com mais de 50% das vendas e 60% das entregas no mercado mundial.
Aviação Executiva
As entregas da Aviação Executiva no 1T17 foram de 11 jatos leves e quatro jatos grandes, totalizando 15 aeronaves.
Em março, duas importantes entregas foram efetuadas: o primeiro Phenom 100EV, entregue em Melbourne, Flórida, para um cliente americano e o Phenom 300 de número 400 para a Elite Jets, empresa de táxi aéreo recentemente estabelecida em Naples, Florida.
Defesa e Segurança
No primeiro trimestre do ano, a Embraer entregou dois Super Tucanos para a Força Aérea do EUA (USAF), que serão operados pelo Líbano.
Com relação ao programa KC-390, o desenvolvimento e certificação avançaram com ensaios em conjunto com a Força Aérea Brasileira para avaliar o sistema de reabastecimento em voo e o sistema de gerenciamento de carga da aeronave, além de ensaios de vento cruzado em Punta Arenas, Chile e em Río Gallegos, Argentina.
Receitas e Balanços
No 1T17, o endividamento da Empresa subiu R$ 1.331,4 milhões e totalizou R$ 13.585,4 milhões, comparado aos R$ 12.254,0 milhões do 4T16. A dívida de longo prazo totalizou R$ 12.562,4 milhões, enquanto que a dívida de curto prazo foi de R$ 1.023,0 milhões.
A relação do EBITDA nos últimos 12 meses versus as despesas sobre os juros caiu de 2,46 no 4T16 para 2,12 no 1T17. Ao final do 1T17, 19% da dívida total era denominada em Reais, em comparação aos 22% ao final de 2016. A desvalorização do Dólar frente ao Real no trimestre impactou diretamente a maioria das contas do balanço, levando-as a diminuírem.
A estratégia de alocação de caixa da Embraer continua sendo uma das principais ferramentas para a mitigação do risco cambial. Ajustando a alocação do caixa em ativos denominados em Reais ou Dólares norte-americanos, a Companhia busca neutralizar sua exposição cambial sobre as contas do balanço.
Com bom fundamento; portifólio diversificado; liderança no segmento de aviação comercial; produtividade competitiva; espaço aéreo em crescimento e preço da ação negociado a valores interessantes, o ativo é uma excelente opção de investimento de médio e longo prazo.
DADOS: R.I EMBRAER S.A