Ethereum: força on-chain, fluxo institucional e atualizações apoiam alta

Publicado 20.05.2025, 11:10
  • A base do Ethereum segue se fortalecendo de forma consistente, nos dados on-chain, na movimentação institucional e na análise gráfica.
  • Com a oferta se reduzindo nas corretoras e os ETFs acumulando posições, os fundamentos do ETH continuam a se consolidar.
  • Um rompimento acima de US$ 2.750 pode ser o gatilho decisivo, especialmente agora que o ETH começa a superar o desempenho do Bitcoin.
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O Ethereum tem emitido sinais consistentes de fortalecimento, impulsionados por métricas on-chain e um aumento expressivo no interesse institucional. A queda histórica na oferta disponível nas corretoras, os fluxos crescentes para ETFs e as recentes atualizações da rede reforçam a perspectiva positiva de longo prazo para o ativo.

Oferta em corretoras atinge mínima histórica

A proporção de ETH mantida em exchanges centralizadas caiu para menos de 4,9%, o nível mais baixo registrado em uma década. Nos últimos cinco anos, cerca de 15,3 milhões de ETH foram retirados dessas plataformas, o que evidencia uma preferência crescente dos investidores pela custódia de longo prazo. Somente no último mês, 1 milhão de unidades adicionais deixaram as exchanges, acelerando essa tendência.

Do ponto de vista on-chain, esse movimento é interpretado como uma redução na pressão vendedora, com potencial para sustentar a valorização. Desde o fim de abril, carteiras de grande porte adicionaram 450 mil ETH às suas posições, elevando o total detido por endereços com mais de 10 mil unidades para 40,75 milhões de ETH, um indicativo de reposicionamento dos grandes agentes de mercado. A entrada de capital institucional via ETFs também contribui para estabelecer um suporte relevante para o preço atual.

Demanda institucional ganha tração

O interesse por ETFs de Ethereum à vista avançou fortemente nos Estados Unidos. Somente na última semana, os fundos captaram quase US$ 205 milhões. A BlackRock (NYSE:BLK), por exemplo, já administra mais de US$ 2,9 bilhões em ativos de ETH, reforçando o apelo do criptoativo junto ao mercado institucional.

A expectativa agora se volta para a decisão da SEC, prevista até 1º de junho, sobre os ETFs que oferecem staking. Caso sejam aprovados, esses produtos podem abrir um novo canal de demanda por ETH, com implicações altistas no médio e longo prazo.

Paralelamente, a atualização Pectra, implementada em 7 de maio, trouxe melhorias à eficiência da rede e fortaleceu a interoperabilidade com soluções de segunda camada. Após o upgrade, o volume de transações em Layer-2 aumentou mais de 20%, aliviando gargalos estruturais de escalabilidade da rede.

Outro fator positivo foi a nomeação de Tomasz Stańczak, um dos principais desenvolvedores da comunidade Ethereum, como cogestor do projeto. Sua chegada deve imprimir uma gestão técnica mais estratégica e orientada à inovação.

Análise técnica aponta consolidação com viés positivo

ETH/USD - gráfico diário
Apesar dos fundamentos robustos, o ETH entrou em um período de consolidação próximo a uma resistência importante. Após testar a região dos US$ 2.700, o ativo encontrou suporte em torno de US$ 2.430. Com a retomada da força compradora no fim de semana, o preço retornou ao intervalo de US$ 2.500 e pode estar se preparando para um novo teste na resistência.

Caso o fechamento diário supere US$ 2.750, o movimento pode configurar uma quebra de padrão, com alvo técnico em US$ 3.000. Na continuidade do rali, os próximos objetivos estariam nas regiões de US$ 3.450 e, eventualmente, entre US$ 3.900 e US$ 4.000.

Pelo lado da baixa, US$ 2.500 funciona como suporte intermediário, enquanto US$ 2.430 permanece como principal referência. Fechamentos diários abaixo desse patamar poderiam invalidar a estrutura altista, abrindo espaço para recuos até a faixa de US$ 2.100 a US$ 2.300.

ETH sinaliza recuperação frente ao Bitcoin

ETH/BTC - gráfico diário
A força relativa do Ethereum frente ao Bitcoin também merece atenção. Após tocar o nível de 0,018 em abril, o menor desde janeiro de 2020, o par ETH/BTC reagiu com alta de até 40% em maio, reacendendo expectativas sobre uma possível temporada de altcoins liderada pelo Ethereum.

Dados da CryptoQuant indicam que o ETH encontra-se em zona de “subvalorização extrema” em relação ao BTC, um sinal historicamente associado a fortes movimentos de alta. O aumento nos volumes à vista reforça a hipótese de que o interesse dos investidores está migrando de volta para o ETH.

Os analistas da plataforma destacam que a continuidade desse movimento depende de uma quebra acima da média móvel de 12 meses do par, que historicamente marca tentativas do Ethereum de assumir a liderança do mercado cripto.

No gráfico diário, o suporte chave está em 0,023, sustentado por médias móveis exponenciais de curto e médio prazo. Um rompimento acima de 0,026 indicaria continuidade da tendência positiva. Por outro lado, a perda do suporte em 0,023 poderia atrasar um eventual rompimento.

Em síntese, a queda na oferta de ETH nas corretoras, o fortalecimento da demanda institucional, os avanços na estrutura da rede e a melhora da performance relativa frente ao Bitcoin oferecem fundamentos sólidos para uma trajetória altista no médio e longo prazo. A atualização Pectra, o fluxo contínuo para os ETFs e a possível aprovação de novos produtos com staking devem ampliar o apelo do Ethereum, tanto para investidores institucionais quanto para o varejo.

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