EUR/USD: formação do triângulo se torna mais visível
Na segunda-feira, 4 de dezembro, as negociações do par euro/dólar fecharam em queda.O euro e a libra ficaram sob pressão por conta de fatores políticos. Foram observadas altas volatilidades nos pares com a libra.
Depois da queda da libra pela manhã, a moeda teve uma valorização de 100 pips em relação ao dólar motivada pelo progresso das negociações sobre a saída do Reino Unido da UE. Como consequência, o euro ficou sob pressão através do par cruzado euro/libra.
Em seguida, a libra se desvalorizou em relação ao dólar em 120 pips, diante da declaração do representante do BCE Jean-Claude Juncker. Ele informou que, na segunda-feira, não foi possível chegar a um acordo final com o Reino Unido, mas que estão buscando resolver todas as questões até a cúpula dos líderes da UE, a se realizar em meados de dezembro. Nesse contexto, o euro se recuperou do nível mínimo, a 1,1829, para 1,1870, inclusive nas sessões asiátias de hoje.
As previsões de ontem se confirmaram na íntegra. Ocorreu uma queda do valor do euro para a linha de tendência e, desde então, retornou até a linha de balanço (SMA: 55). Com a alta volatilidade, não houve uma compensação ideal devido à pressão dos fatores políticos.
Na sessão da Ásia, o dólar é negociado em alta contra a libra esterlina (+0,07%) e o iene (+0,20%). Nos pares cruzados, é negociado em baixa contra o dólar canadense (-0,01%) e o australiano (-0,64%). O principal par cruzado, euro/libra, se valorizou 0,13%, chegando a 0,8812. O preço saiu do canal “A-A”. Os vendedores avançaram pela linha de tendência, mas todos os fechamentos se deram acima da linha, indicando ausência de rompimento.
Por causa dos fatores mencionados, considero como previsão para a terça-feira um fortalecimento do euro frente ao dólar para 1,1911/1,1927. A ultrapassagem do nível de 1,1940 cancelará o triângulo e abrirá caminho para os compradores até 1,2090. Este cenário será cancelado se a vela de encerramento ficar abaixo de 1,1835.
Vale lembrar que o suporte ao dólar vem da aprovação, pelo Senado dos EUA, do plano de reforma tributária e também da próxima reunião do FOMC.