Não tenho dúvidas que muitos dos investidores têm como foco obter renda passiva por meio de dividendos de ações. Por isso, busco constantemente novos conhecimentos para trazer insights diferentes para essa estratégia de investimentos, alguns dos quais gostaria de compartilhar no texto de hoje.
Recentemente, estive folheando um livro chamado “Dividend Investing: Simplified”, de Mark Lowe. Trata-se de um guia para a criação de renda passiva no mercado de ações, com ações pagadoras de dividendos.
O autor diz que é preciso analisar seis fatores para escolher empresas ao investir segundo essa abordagem. São eles: dividend yield, taxa de crescimento dos lucros, balanço patrimonial, níveis de dívidas, performance de vendas e, por último, os regulamentos acerca dos dividendos.
Vamos ver mais sobre os primeiros três fatores que Lowe considera:
Dividend Yield
O dividend yield é a razão que nos diz o quanto de dividendo é distribuído em relação ao preço atual da ação.
Em suas considerações acerca do dividend yield, Lowe diz que o ato de pagar dividendos consistentemente indica que, provavelmente, as condições financeiras da companhia são boas.
Vale ressaltar que os investidores não devem analisar apenas este fator isoladamente. Isso porque algumas empresas podem pagar dividendos enquanto estão passando por dificuldades, o que geralmente não é sustentável no longo prazo.
Também existem casos de companhias que pagam dividendos tão elevados a ponto de não conseguirem reinvestir lucros para seu crescimento.
O ideal é, portanto, comparar o dividend yield com os lucros totais da empresa, pois estes são capazes de conferir uma boa noção da sustentabilidade dos dividendos, sobretudo quando se busca um investimento de longo prazo.
É interessante, também, comparar o yield da companhia com o de seus pares de mercado.
Taxa de crescimento dos lucros
Qual é a tendência dos lucros? Historicamente, eles vêm crescendo? Caindo? Ou estão estagnados?
Este é um fator que o investidor deve observar para determinar se investirá em uma ação, principalmente em se tratando de pagadoras de dividendos, uma vez que essa métrica é capaz de dar noções a respeito do potencial incremento dos dividendos da companhia.
É difícil que uma empresa sustente bons dividendos se suas receitas e seus lucros não apresentam crescimento.
Balanço patrimonial e níveis de dívidas
O balanço patrimonial é um dos principais documentos a respeito das finanças de uma empresa. Nele, é possível entender as estruturas dos ativos e dos passivos de uma companhia. Analisando o balanço de vários períodos, também é possível entender a evolução das finanças e do patrimônio da empresa.
Além disso, no balanço patrimonial, o investidor pode observar o nível de dívidas. Trata-se de um dos passivos que podem ser encontrados no documento.
Lowe recomenda o mesmo que Warren Buffett: evite empresas com muita dívida. É preferível estar em uma posição sólida, trazendo as chances a seu favor.
Nesse sentido, deve-se entender se a empresa é capaz de sustentar suas dívidas com as receitas e lucros gerados no momento. Também é preciso entender o propósito da dívida. Dívidas podem ser boas se utilizadas para projetos com alto potencial de geração de retornos, por exemplo.
Sendo assim, o investidor deve se atentar a esses pontos antes de tomar uma posição. Na minha visão, estes fatores servem para quaisquer tipos de ação, não apenas para as ações focadas em dividendos.
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