Depois de uma semana recheada de importantes indicadores Norte Americanos e que ainda fechou com a divulgação dos dados de emprego Payroll, a atual semana influenciou as movimentações nos mercados futuros mais pelos pronunciamentos de membros do FOMC, do BCE e falas domésticas com críticas diretas a condução do controle inflacionário pelo Banco Central do Brasil.
Realizando uma forte movimentação de baixa na cotação nos primeiros dias de fevereiro, o Dólar parece que recusou permanecer abaixo dos R$5,000, uma importante marca que abre espaço para uma movimentação mais acentuada e direcional pelo menos caminhando 200pp até a região de preço de R$4,800. No entanto, esse retorno para cima da região de R$5,140 e principalmente acima de R$5,230 poderá definir uma alta mais acentuada a qual adiará sua volta e terá que contar novamente com um forte otimismo e com as novas divulgações de indicadores econômicos favoráveis.
Acontece que o mercado pode, aos poucos, precificar e se preparar para uma possível nova reação do Fed relacionada com o número discrepante divulgado no Payroll. A ameaça de uma nova onda de elevação nos preços aquecida pelos dados de emprego que vieram mais que o dobro do esperado pode provocar uma nova e mais intensa elevação na taxa de juros nos Estados Unidos. No entanto, na próxima semana teremos outro indicador importante que é o IPC que mede a inflação de bens e serviços ao consumidor. Nas últimas divulgações, o dado apresentado ficou em linha ou levemente inferior ao projetado, resultado dos apertos econômicos das decisões de taxa de juros por lá.
Pois bem, até a próxima semana, o mercado estará muito de olho nas falas dos membros do FOMC em busca de qualquer indício de uma prévia das futuras ações e, caso no próximo dia 14/2, tivermos a divulgação de um número em linha ou levemente inferior poderemos esperar possivelmente uma queda moderada do Dólar pois esta combinação de alto índice de empregados, recebendo salários/hora trabalhada maiores e ainda assim os preços de bens e serviços se mantiveram controlados, é a combinação perfeita para os Fed Boys. No entanto, o contrário pode ser bastante intenso pois, a combinação de dados de emprego do Payroll extremamente elevados com um IPC maior que a expectativa, a saída de Dólar aqui no Brasil certamente se intensificará e poderemos ver novamente a moeda americana voltar a ser negociada cada vez mais distante dos R$5,000 voltando para a faixa de preço dos R$5,345
Colaboração: Marcos Alexandre Pinto