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Feliz 2005

Publicado 15.09.2015, 16:20
BVSP
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Desemprego
Mediante a (utópica) aprovação do pacote fiscal, os servidores públicos terão que engolir a postergação do tão esperado aumento de salário, de janeiro para agosto de 2016.
É de se protestar, mas até que a situação deles não está tão ruim quando comparada com a dos empregados mortais.
Segundo cálculos atualizados do Credit Suisse, fecharemos 2016 com uma taxa de desemprego assustadora, de 11,5%.
Considero a estimativa perfeitamente factível.
Se o Ibovespa em USD negocia a preços de 2005, por que nosso desemprego não pode também regredir em uma década?

Desemprego

Inflação
Outra “surpresinha” ainda não precificada pelo mercado: estouro da inflação em 2016.
Depois de um IPCA acima de 9% neste ano, vamos ter que encarar algo entre 6,5% e 7,5% no ano que vem, bem acima do que o apontado atualmente pelo Focus.
Ou seja, deparamo-nos com mais um desrespeito à meta (4,5%, lembra dela?), e ao teto da meta (6,5%).
É o jeito covarde de o governo amenizar sua dívida, cobrando um imposto inflacionário da população.
Como consolo, mantenha-se fiel às suas NTN-Bs e a outros papéis indexados.

Taxa de Juros
Alexandre Tombini, em discurso pela manhã: “manter a Selic é necessário para trazer a inflação à meta no fim de 2016”.
Manter a Selic? Ops, me parece uma incoerência lógica.
Algo me diz que o presidente do BC se confundiu com a ordem das palavras.
Talvez ele quisesse dizer: “Trazer à meta de inflação no fim de 2016 é necessário para manter a Selic”.
Ou ainda: “Inflação é necessário trazer para manter a Selic no meta à fim de 2016”.
Assim soaria mais como um discurso presidencial.

Taxa de câmbio
O dólar até que tentou descansar tranquilo ao fechamento de ontem, mas hoje já acordou extasiado, batendo R$ 3,87 na máxima.
Ontem dei sorte e peguei o elevador com duas publicitárias do andar de cima. Elas comentavam, olhando a TV do elevador: olha que legal, a gente sai pra almoçar com um câmbio e volta com outro!
Publicitários têm fama de almoços longos, mas ainda assim não se justifica.
Num desses almoços prolongados, vejo grande probabilidade de o dólar romper a barreira dos R$ 4,00 (se tudo seguir como está) e uma pequena probabilidade de voltar para os R$ 3,60 (efetiva troca de governo).
Ou seja, ainda faz sentido carregar verdinhas na carteira.

Impostura
Acho que a Fazenda e o Planejamento têm alguma coisa contra o Delfim.
A proposta de aumento da Cide não foi sequer contemplada no pacote de austeridade de ontem.
Provavelmente ficou para o plano B, no caso de o Congresso não aprovar coisa alguma.
Entre eternas idas e vindas tributárias, você pode deduzir que não existe saída para esta crise.
Eu mesmo confesso: não vejo saída.
Mas, conforme explica meu amigo Felipe Miranda, a ausência de evidência não implica evidência de ausência.

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