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Flash Crash no Ouro: Calmaria Após a Tempestade ou Teremos Mais pela Frente?

Publicado 10.08.2021, 09:28
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Publicado originalmente em inglês em 10/08/2021

O ouro já caiu tudo o que tinha para cair antes de Jackson Hole?

Alguns gráficos indicam essa possibilidade, e as mais de 24 horas que se passaram desde o flash crash asiático ajudaram os investidores do ouro a ganhar confiança novamente, na tentativa de voltar até os níveis intermediários de US$1700.

Entretanto, a calmaria após a tempestade pode, por vezes, gerar engano, principalmente se outro furacão vier pela frente. E essa deve ser a preocupação de quem quer aproveitar as correções do ouro para comprá-lo.

Se seu objetivo é fechar a posição rapidamente, com ganhos limitados, tudo bem. Mas, se seu alvo são os níveis intermediários de US$1800 com ordens de stop loss flexíveis, o tempo de retorno pode ser muito maior, assim como o risco.

Seja como for, diante da possibilidade de mais rumores de redução de estímulo por parte do Federal Reserve a qualquer momento do dia – em contraste com sua insistência em manter os juros e as compras de ativos –, o ouro deve continuar sem vigor e se consolidar durante a contagem regressiva para o simpósio de política monetária do banco central americano em Jackson Hole, Wyoming, de 26-28 de agosto.

Ouro à vista diário

Gráficos: cortesia de SK Dixit Charting

O analista técnico Ross J Burland afirmou, em uma publicação no portal FX Street, na segunda-feira:

“Da perspectiva diária, o preço corrigiu com o mesmo vigor com que caiu, o que pode abrir espaço para altas, ao passo que o vaivém na faixa intermediária de US$1700 mantém o foco na retração de 38,5% e 50% de Fibonacci e áreas de reversão à média".

Assim, o preço à vista do ouro superou estruturas de suporte técnico no gráfico semanal, pavimentando o caminho para um "movimento sustentado no terço superior de US$1600”, segundo Burland.

Ouro semanal

O ouro estava relativamente estável no pregão de segunda-feira pela manhã na Ásia, antes de afundar repentinamente quase US$75 desde o fechamento de sexta-feira a US$1.762,69 para US$1.688,13 em questão de minutos. Desde então, manteve-se firme acima de US$1700, variando na faixa de US$1730-1740.

Fundamentalmente, não se pode descartar um retorno do ouro para US$1600 – ou menos que isso –, à medida que nos aproximamos de Jackson Hole, com a invocação incessante de redução de estímulos e elevação de juros nos pronunciamentos quase que diários das autoridades do Fed.

Na segunda-feira, o comentário presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, destacou-se particularmente por sua urgência incisiva para um aperto.

O Fed pode começar a reduzir suas compras emergenciais de US$120 bilhões por mês em títulos públicos e hipotecários entre outubro e dezembro, disse Bostic em um evento com transmissão ao vivo. Isso deve acontecer principalmente se a geração de empregos nos próximos meses for similar às quase 1 milhão de vagas criadas em julho, ressaltou o chefe do Fed de Atlanta.

Se houver a indicação de uma abordagem do tipo “esperar para ver” em Jackson Hole, os preços do ouro talvez não entrem em queda livre, mas podem recuar em vista da força do mercado de trabalho e dos dados econômicos à disposição.

Mesmo nas próximas semanas, é possível que o metal amarelo fique consolidado e evite uma queda para os níveis de US$1600.

Burland concorda com essa visão, ao dizer:

“O mais provável é que a pressão de venda leve algumas semanas para acumular forças no sentido de fazer o ouro atingir esses patamares”.

Sunil Kumar Dixit, afirma que, desde que o ouro se segure acima da média móvel simples de 100 semanas a US$1737, é possível que um repique desde as mínimas faça os preços subir.

“Apesar de o suporte horizontal parecer fraco, tudo aponta para a volatilidade”, declarou Dixit. “Os investidores provavelmente aguardarão a superação da barreira de US$1832 para adicionar compras no ouro”.

Porém, o risco de o mercado seguir em direção contrária é equivalente, dada a dinâmica do potencial aperto do Fed, alertou Dixit.

“Um fechamento semanal abaixo da média móvel simples de 100 dias a US$1737 exporia o metal à mínima de março de US$1676 e a perdas até US$1585”, complementou.

Isso porque o gráfico mensal do ouro parece mostrar um alinhamento com a mínima de junho de 2020 de US$1670, a mínima de março de 2021 de US$1676 e a mínima mais recente de US$1684, disse Dixit.

Ouro mensal

Outros acreditam que os ruídos do Fed, em conjunto com a disparada do Índice Dólar e o índice de força relativa da nota do Tesouro americano de 10 anos definirão o cenário de queda do ouro.

Dhwani Mehta, analista técnica que escreve para o FX Street, disse que o chamado Detector de Confluências Técnicas que ela rastreia mostra que o ouro está desafiando a resistência crítica a US$1737.

“Havendo uma rejeição dela, os vendedores podem retornar, buscando como alvo a máxima anterior a US$1733. Havendo uma intensificação das pressões de queda, é inevitável que haja um teste do alvo de 161,8% de Fibonacci de um mês a US$1725. Mais para baixo, o nível de 38.2% de Fibonacci de um dia a US$1,718 seria ameaçado”.

Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para oferecer aos leitores uma variedade de análises sobre os mercados. A bem da neutralidade, ele apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

 

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