A conjunção de fatores que levou à valorização de mais de 1% do Real frente ao dólar ontem foi um alívio às pressões que a moeda vem sofrendo, porém nem de longe se reitera como uma tendência no curto prazo.
Um dólar internacional “comportado” com a ausência do referencial das bolsas de valores americanas se uniu à uma conjunção de fatores que deram a sensação de que o limite do mercado à divisa havia chegado.
O anúncio de leilão de US$ 1 bi trouxe certa apreensão quando não ocorreram as ofertas do leilão casado, a “ração diária”, porém a saída positiva da linha deu força ao Real, o que se uniu à notícia de revisão do déficit de balança comercial de -$1,1 bi para superávit de $2,7 bi.
Com o anúncio de leilão de $20 bi do banco central chileno, a sessão se desenhou como positiva para parte dos mercados emergentes, porém o teste real vem hoje e na próxima semana, pois o período ainda é sazonalmente favorável à saída de recursos “do sul ao norte” e o dia enfrenta a formação da PTAX.
O resultado do governo central ontem, registrando um superávit de R$ 8,7 bi (Infinity: R$ 8,0 bi) ainda mantenha um componente sazonal forte, reitera a perspectiva de um resultado anual com déficit menor do que as projeções iniciais do governo de –R$ 139 bi, se mantendo mais próximo da faixa de –R$ 100 bi.
Com isso, redobra a atenção hoje aos dados do setor público consolidado, onde novamente um superávit primário deva ser registrado, mantendo a relação dívida/PIB.
Outro dado importante é o desemprego medido pelo PNAD, o qual tende a uma queda marginal relevante, porém a média móvel trimestral ainda contém elementos de pressão agosto, sendo compensada pela melhora na criação de postos de trabalho em setembro e outubro.
No exterior, o retorno de “meia” bolsa de valores na sessão de hoje enfrenta a questão da assinatura formal do apoio americano os manifestantes em Hong Kong, o que dificulta os avanços de um acordo comercial EUA-China, porém, as possíveis retaliações chinesas ainda não saíram do campo retórico.
O Ministério das Relações Exteriores da China respondeu, alegando que os EUA tinham "intenções sinistras" ao assinar a lei.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em baixa, com discussões entre EUA e China sobre Hong Kong.
Na Ásia, fechamento negativo, após Trump assinar lei apoiando os protestos.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre.
O petróleo abre em queda, o feriado nos EUA. O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,36%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,2121 / -1,14 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,045%
Dólar / Yen : ¥ 109,55 / -0,046%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,170%
Dólar Fut. (1 m) : 4217,07 / -0,87 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,69 % aa (-1,26%)
DI - Janeiro 23: 5,89 % aa (-1,67%)
DI - Janeiro 25: 6,54 % aa (-0,91%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,5406% / 108.290 pontos
Dow Jones: 0,1505% / 28.164 pontos
Nasdaq: 0,6619% / 8.705 pontos
Nikkei: -0,49% / 23.294 pontos
Hang Seng: -2,03% / 26.346 pontos
ASX 200: -0,26% / 6.846 pontos
ABERTURA
DAX: -0,154% / 13225,15 pontos
CAC 40: 0,011% / 5913,36 pontos
FTSE: -0,133% / 7406,60 pontos
Ibov. Fut.: 0,47% / 108539,00 pontos
S&P Fut.: -0,235% / 3146,60 pontos
Nasdaq Fut.: -0,296% / 8431,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,35% / 78,06 ptos
Petróleo WTI: -0,14% / $58,09
Petróleo Brent:-0,70% / $63,46
Ouro: -0,03% / $1.456,60
Minério de Ferro: 0,08% / $84,42
Soja: -0,27% / $14,99
Milho: -1,29% / $362,75
Café: 1,38% / $117,30
Açúcar: 0,39% / $12,85