A confirmação de um caso de IAAP (Influenza Aviária de Alta Patogenecidade) em um matrizeiro (de ovos férteis) no município de Montenegro (RS) na quinta-feira passada, 15, mantém o setor nacional em estado de alerta, aponta o Cepea. Entre as principais preocupações, segundo o Centro de Pesquisas, estão o risco de prolongamento das suspensões das exportações brasileiras da carne de frango e a possibilidade do surgimento de novos casos da doença. No Cepea, o levantamento diário de dados mostra que os preços da carne de frango se mantêm estáveis no Rio Grande do Sul. Já no atacado da Grande São Paulo, as cotações estão em queda, mas esse movimento, conforme explica o Centro de Pesquisas, se deve sobretudo ao comportamento sazonal típico de segunda quinzena do mês, quando o poder aquisitivo da população tende a se retrair e resultar em diminuição na demanda. O Cepea destaca que a cadeia avícola nacional, com apoio das esferas públicas e privadas, tem condições de controlar rapidamente a situação sanitária e negociar a retomada e flexibilização dos embarques com seus principais parceiros comerciais, minimizando os impactos sobre a cadeia.
OVOS: Com quedas acima de 10%, médias são as menores desde jan/25
Levantamentos do Cepea mostram que os preços dos ovos já registram queda de mais de 10% nesta parcial de maio, com as médias mensais nos menores patamares desde janeiro/25 em todas as praças acompanhadas. Segundo o Centro de Pesquisas, essa desvalorização está relacionada à retração da demanda e ao aumento da oferta em algumas áreas, e não ao registro de Influenza Aviária de Alta Patogenecidade (IAAP) em granja comercial de Montenegro (RS), na semana passada. Colaboradores do Cepea estão em alerta e preocupados com os desdobramentos da doença, mas destacam que ainda é cedo para mensurar possíveis impactos no mercado de ovos.
CITROS: Ritmo de negócios envolvendo a fruta da safra 25/26 é lento
As negociações de contratos envolvendo a laranja da safra 2025/26 destinada ao processamento industrial seguem indefinidas, apontam levantamentos do Cepea. O cenário destoa do observado na temporada passada, quando acordos começaram a ser fechados ainda em março a R$ 65,00/caixa posta na indústria, diante da safra limitada. Segundo o Centro de Pesquisas, além do receio de produtores fixarem contratos nos valores atuais, o ritmo lento de negócios se deve à expectativa de oferta abundante por parte da indústria – esta colheita deve ser 36% maior (somando 314,6 milhões de caixas de 40,8 kg), conforme estimativa do Fundecitrus. Em junho, a entrada das frutas precoces pode trazer maior dinamismo ao mercado, conforme explica pesquisadores do Cepea. Com isso, levantamentos do Centro de Pesquisas mostram que as cotações da laranja posta no portão da indústria no spot operam em torno de R$ 45,00/cx de 40,8 kg desde a divulgação do relatório do Fundecitrus. No mercado de mesa, a entrada de frutas precoces no mercado tem pressionado os valores da laranja pera. Nesta semana (de 19 a 22 de maio), a fruta é negociada à média de R$ 77,24/cx de 40,8 kg, baixa de 5,73% sobre o período anterior.