Depois de registrarem, em janeiro, o menor volume em mais de dois anos, as exportações brasileiras de carne de frango voltaram a crescer em fevereiro. No mercado doméstico, a demanda também se aqueceu, especialmente na primeira quinzena do mês, favorecida pela alta competitividade da carne de frango, principalmente frente à bovina. Diante disso, os preços internos da carne se recuperaram na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Esse cenário trouxe certo alívio a agentes do setor, que vinham operando com estoques elevados em meio à baixa liquidez doméstica desde o final do ano passado.
No atacado da Grande São Paulo, o frango inteiro congelado se valorizou 2% de janeiro para fevereiro, negociado a R$ 5,80/kg no último mês. Em Toledo (PR), o avanço foi de 10,3%, com média de R$ 6,71/kg. Para o frango vivo, as cotações também se elevaram no mês. A boa liquidez da carne fez com que os pedidos por animais para abate aumentassem. Na média das regiões do estado de São Paulo, o animal foi cotado a R$ 4,35/kg em fevereiro, alta de 2,3% na comparação com o mês anterior. Quanto às exportações, segundo relatório da Secex, a média diária de embarques de carne de frango in natura foi de 18 mil toneladas em fevereiro, a maior desde maio/20. Esse volume também está 33,9% acima da observada em janeiro; porém, recuou 0,2% frente a fevereiro/20.