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Futuro Mandará a Conta — Benigna, Desta Vez

Publicado 29.03.2017, 15:32
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Senhoras e senhores passageiros: informamos que a aeronave que trará o relatório sobre o IPO da Azul está atrasada e com pouso neste aeroporto previsto para amanhã . Enfatizamos que o atraso no embarque não prejudicará a viagem, à medida que estamos com tempo de sobra para percorrer a rota. Pedimos desculpas pelo transtorno e solicitamos que permaneçam na sala de embarque e atentos ao sistema de som. Pela atenção, obrigado.

Mudando de assunto, pero no mucho

Mais cedo, persistia nos EUA o tom de “vamos mudar de assunto” instaurado ontem, com foco nos dados de atividade doméstica. Surpresa com estoques de petróleo abaixo do esperado completam o quadro e explicava mercado em alta. Ânimos arrefeceram e o jogo agora, por lá, está no zero-a-zero.

Europa fechou em alta moderada, com destaque do dia cabendo ao início formal da saída do Reino Unido da União Européia. Países-membro pedem reformas do grupo. Em infeliz coincidência, credores da dívida grega sinalizam que ainda não há acordo às vésperas de novo deadline.

(A propósito… já fazia algum tempo que não se falava em Grécia, hein? E Itália, como vai?)

Aqui, dia é de alta mesclada entre nomes locais e exportadoras. Juros têm leve queda ao longo de toda a curva e dólar desvaloriza.

Cobertor curto

Meirelles deve anunciar medidas no final da tarde. Na mira, reoneração das folhas de pagamento y otras cositas más. Considerando que até Dilma reconheceu que medida foi inócua para sustentar a atividade, suponho que ninguém reclamará, não é mesmo — exceto os empresários beneficiados, obviamente.

O último miado do gato, do alto do telhado, foi nota da Secretaria de Acompanhamento Econômico sacramentando o que já se sabia: a despeito da vontade do empresariado, não há margem de manobra suficiente para contingenciar despesas em montante suficiente para abrir mão de aumento de arrecadação. O cobertor é curto, senhoras e senhores.

Vai ter choro e ranger de dentes, como de costume. A depender do ritmo da atividade, pode resultar em extinção de vagas nas indústrias mais agraciadas nos próximos meses. A ver.

Ninguém disse que seria fácil nossa jornada até a outra margem, não é mesmo? De qualquer sorte, são positivos os sinais reiterados de responsabilidade no front fiscal. O futuro mandará a conta — benigna, desta vez.

Casos de família

Em meio ao falatório dos Fed Boys, destacam-se declarações de Eric Rosengren apoiando enfaticamente aumentos de juros em um total de quatro reuniões neste ano.

O fato merece destaque porque, outrora, Rosengren era forte defensor da manutenção dos juros baixos por um prazo mais longo. É importante a mudança de tom, e suporta a leitura de que atividade econômica por lá vai bem, obrigado, e assim deve continuar.

Theresa May desferiu hoje, oficialmente, o pé-na-bunda na União Européia. Libra sentiu — afinal de contas ninguém sabia que isso aconteceria hoje, não é mesmo? Tom é de “divórcio amigável”, mas é razoável esperar esperneio digno de Casos de Família por parte da turma de Bruxelas.

Para chegar mais longe

Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá em grupo.

Investir é um processo, e ver-se sozinho nas tomadas de decisão que impõem o dia-a-dia do mercado pode ser angustiante.

No Confissões de uma Mente Perigosa eu caminho junto com você, monitorando diariamente nossa carteira e propondo ajustes de rota sempre que necessários, conciliando posições de valor com trades oportunísticos.

Até aqui, estou bastante feliz com os resultados.

Se você está em busca de companhia na sua jornada de investidor, ofereço-lhe a minha. Confira a proposta aqui.

TUPY: Cortando na carne

Os números do 4T16 da Tupy (TUPY3 (SA:TUPY3)) foram fracos, principalmente em função das condições de mercado fracas no Brasil. Para completar, câmbio valorizado reduziu contribuição das operações internacionais no resultado.

Volumes caíram 4,9 por cento; receitas, 10,3 — para 782 milhões de reais. Cortes de custo não foram suficientes para compensar o encolhimento do faturamento, daí resultando redução de 2,5 pontos percentuais na margem EBITDA… ajustada. Ajustada porque Tupy tomou a gravosa decisão de dar início ao processo de paralisação de parte de sua capacidade no Brasil, o que provocou despesas não-recorrentes relacionadas à desmobilização e à reavaliação dos ativos — estas últimas, da ordem de 230 milhões de reais. Não-caixa e não-recorrente, mas doloroso na linha final do resultado, que veio com prejuízo de 179 milhões.

Embora decisão custosa no curto prazo, a redução da capacidade de produção no Brasil deve contribuir para melhora de resultados à frente em virtude da redução da base de custos fixos a diluir. Desta forma, mesmo mantidas as presentes condições de mercado - o que nos parece premissa demasiado conservadora -, Tupy deve começar a apresentar melhores resultados operacionais ao longo dos próximos trimestres. Tanto melhor se a demanda doméstica por veículos comerciais melhorar. Lá fora, focos de atenção são a demanda por veículos pesados na América do Norte — que está enfraquecida e o desempenho em custos da operação no México.

A conjuntura é desafiadora, mas frutos dos esforços em curso virão. TUPY é recomendação do Vacas Leiteiras.

Oportunidades na Terrinha

Já havia adiantado dias atrás, mas agora posso dar mais detalhes: na esteira dos primeiros sinais de recuperação da Zona do Euro e a consequente fim (enfim!) da era do dinheiro grátis no Velho Continente, é atrativo o momento para buscar oportunidades além-mar.

Soma-se a isso, aliás, o bom momento do nosso câmbio e a eterna conveniência de ter parte do patrimônio longe das eternas instabilidades da Terra Brasilis — e já se foi o tempo em que era necessário ser de família quatrocentona para ter acesso a esse tipo de coisa, viu?

Nesse espírito, nossos irmãos da Empiricus Portugal estão a preparar o caminho das pedras para quem quiser investir em imóveis na terrinha. Achei muito fixe.

Olha lá, ó gajo.

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