Brasil sobe tom em resposta aos EUA e diz que soberania jamais entrará em negociação de tarifa
Os contratos futuros do café arábica recuperaram parte das perdas acumuladas na semana anterior, recebendo sustentação de compras realizadas pelos operadores comerciais e da ausência de vendedores.
Segundo analistas, os fundos de investimento menos comprados também podem favorecer a sustentação dos preços. Por outro lado, algumas consultorias apontaram que o desempenho do real segue como a principal variável para as cotações cafeeiras.
Na semana, o dólar comercial recuou 3,35% frente à moeda nacional, ficando cotado a R$ 3,476. Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/2016 do Contrato “C” avançou 270 pontos, finalizando o pregão de ontem a US$ 1,2315 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento maio do café robusta fechou a US$ 1.523 por tonelada, com ganhos semanais de US$ 10.
Como ocorrido nas semanas recentes, o mercado físico brasileiro permaneceu travado. Mesmo com a recuperação dos preços internacionais, as cotações internas não evoluíram significativamente devido ao câmbio. O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para os cafés arábica e robusta fechou a quinta-feira a R$ 465,86 por saca e a R$ 376,52 por saca, respectivamente, com variações semanais de +0,4% e -0,8%.
A instituição também sinalizou a redução entre os diferenciais dessas variedades. Ontem, o arábica valia R$ 89,34 a mais que o conilon e, conforme os pesquisadores do Cepea, essa diferença pode se estreitar ainda mais, uma vez que "a produção de robusta deve ser pequena, ao passo que a de arábica deve se recuperar".