Os contratos futuros do café acumularam ganhos no acumulado desta semana, sendo impulsionados pela melhora nos mercados em geral, diante da recuperação das cotações do petróleo, e pelo enfraquecimento do dólar frente a outras moedas internacionais, incluindo o real.
A divisa norte-americana encerrou os trabalhos, na quinta-feira, valendo R$ 3,6533, acima do patamar da sexta passada. Porém, ao longo da semana, o movimento foi influenciado pelo cenário externo e, principalmente, pela cena política nacional, a qual, somente ontem, fez com que o dólar recuasse mais de 3% durante o dia, até diminuir parte das perdas e fechar com queda de 2,29%, ou a maior queda percentual diária desde 3 de novembro de 2015.
Na ICE Futures US, o vencimento maio do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,3255 por libra-peso, com alta de 675 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. Um patamar acima de US$ 1,30 não era visto na bolsa de Nova York desde 20 de outubro do ano passado e foi puxado, além da queda do dólar e da melhora geral nos mercados, pela postura dos fundos de investimento, que parecem ter se virado para o lado comprador.
O vencimento maio do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 1.459 por tonelada, com valorização de US$ 32 em relação a sexta-feira antecedente, rompendo a resistência de US$ 1.454 e mirando, como próximo objetivo altista, o patamar de US$ 1.480 por tonelada.
No mercado físico brasileiro, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon acompanharam a evolução externa e foram cotados, ontem, a R$ 509,09/saca e a R$ 361,42/saca, respectivamente, com variações positivas de 3,78% e 0,87% em relação ao fechamento da semana anterior. A entidade revelou que, nesse cenário, foram observados negócios, sobretudo em momentos que, além das altas nos preços do café, o dólar caía pouco.