A economia americana continua mostrando sinais de recuperação que reforçam a crença dos investidores de terem acertado na decisão de colocar dinheiro nas ações do país. O dado de pedidos de bens duráveis bem acima do esperado, a recuperação dos preços dos imóveis e a própria performance da bolsa TAMBÉM refletem uma confiança maior dos consumidores.
Os principais índices de commodities sofreram queda nos últimos cinco dias, impactados pelo desempenho negativo dos grãos e das matérias primas de energia – na verdade apenas o açúcar, gado e suíno não caíram.
O café oscilou forte ao sabor dos prognósticos de clima e das noites frias no Brasil, que trouxe uma geada no Paraná causando perdas “pequenas/moderadas” segundo um colaborador frequente.
Embora triste para os produtores que sofreram os prejuízos, o mercado mundial entende que o quadro de sobra na produção frente ao consumo prevalece e não deve alterar o comportamento mais baixista para os preços.
O destaque da semana ficou para o grande uso dos estoques certificados da LIFFE que caíram em quinze dias quase 292 mil sacas, levando os estoques atuais para o menor patamar em quase 6 anos – 1,638 milhão de sacas.
Importante notar que devemos ver uma continuação na utilização do mesmo por outras 3 ou 4 semanas, quando imagina-se que um maior volume fluirá do Vietnã – que tem tido um ritmo mais baixo de embarques recentemente.
Com uma safra esperada ao redor de 27 milhões de sacas e estoques internos mais altos do que costuma carregar nesta época do ano, parece razoável manter a opinião de que o mercado Londrino é uma grande oportunidade de venda para os produtores de robusta.
O relatório de participantes do CFTC mostra que as origens estão aproveitando para vender os “rallies” do “C”, ao mesmo tempo em que os fundos liquidam suas posições vendidas.
Como o frio mais intenso e a puxada de Londres não foi suficiente para manter os ganhos vistos até agora, vou manter a opinião de que o mercado não sairá do intervalo entre 110 e 130 centavos por mais alguns meses.