Resultados do 2º tri da Nvidia superam expectativas, mas receita de data center fica abaixo por impacto da China
As duas softs ‘pobrezinhas’ negociadas na ICE Futures de Nova York estão com o pé no acelerador na entrada do ano, seguindo as disparadas recordes de 2023.
As altas do suco de laranja e do cacau, longe dos portentosos açúcar e algodão da mesma bolsa – além da distância em volumes físicos e financeiros dos grãos em Chicago -, ainda não estão com dias contados.
Com o desbalanço bastante cristalino entre oferta e demanda, há espaço para crescer e deixar mais caras a bebida do café da manhã e as barras de chocolate mundo afora nos próximos meses.
Em 2023, o suco vivenciou altas no mercado futuro que, em alguns contratos, superaram os 70% no acumulado, em recorde de mais de 4,0000 cents de dólar por libra-peso. Sobe agora cerca de 8,30%, a 338,42 c/lp.
O cacau experimentou valorizações de janeiro a dezembro acima de 65%, para chegar, em dezembro, no topo de US$ 4,2 mil a tonelada para liquidação em março 24. Nesta passagem da ICE, está em leve ajuste, a US$ 4,236/t.
A situação não se alterou, com o Brasil entregando 307,2 milhões de caixas na próxima safra, resultado 2,2% menor na estimativa do Fundecitrus de dezembro, sujeito ainda há uma nova revisão baixista, apesar da melhora do peso dos frutos de algumas variedades.
Calor excessivo durante a florada e o greening amargaram a produção.
Com o novo cenário de baixa na produção da Flórida, para ofertar pouco mais de 20 milhões de caixas, segundo o USDA, a demanda vai continuar acima – apesar de resultado mais baixo do consumo também no Estados Unidos.
Sob estoques bastante pressionados, o mercado vê déficit mesmo que a demanda não se mexa nos EUA e na Europa.
O fruto do chocolate vinha diminuindo suas entregas desde o início das safras mundiais, em outubro, para quase 500 mil toneladas a menos até o começo de dezembro. Para a sequência do ciclo 23/24, até o final, as projeções são de déficit podendo alcançar 200 mil toneladas.
A safra brasileira deverá ser boa, mas o que conta é a forte redução dos líderes, Costa do Marfim e Gana.