Depois que a Meta Platforms (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34) não ter atingido as expectativas para os seus resultados do 4º T na quarta-feira após o fechamento do pregão nos EUA, além de apresentar uma projeção decepcionante, as ações da gigante das redes sociais foram despejadas na negociação pré-mercado de quinta-feira. A ação fechou a US$ 323 ontem às vésperas da divulgação, mas no momento dessa publicação, as ações no pré-mercado estavam no nível de US$ 250, queda de mais de 22%.
O FB registrou um lucro por ação (LPA) de US$ 3,67, ficando abaixo da estimativa de US$ 3,85. As receitas totais aumentaram 20%, para US$ 33,67 bilhões, superando a estimativa de US$ 33,34. Porém, é provável que a projeção da empresa com sede em Menlo Park, Califórnia, para a receita do primeiro trimestre tenha sido responsável por desencadear a queda. Esta métrica deve ficar na faixa de US$ US$ 27 a US$ 29 bilhões, representando crescimento de 3% a 11%, abaixo das expectativas dos analistas de US$ 30,2 bilhões.
A empresa foi claramente impactada pelas mudanças de privacidade feitas no iOS, o sistema operacional móvel da Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34), que passou a permitir que os usuários optassem por não serem rastreados, o que reduz a capacidade do FB de vender anúncios direcionados e coletar uma diversidade de dados analíticos dos usuários.
Seria este colapso pré-mercado o início de quedas adicionais para as ações do FB, ou os investidores que compram na queda vão impulsionar a ação hoje descontada?
O cenário não parece muito promissor. As ações da Meta quase certamente entrarão em um terreno de marcado descendente com a transição dos preços do pré-mercado com a abertura do pregão em Nova York na quinta-feira. Soma-se à pressão o fato que o recente cruzamento da DMA de 50 dias para abaixo da DMA de 200 dias acionou uma cruz da morte, seguida pela queda da DMA de 100 dias abaixo da DMA de 200 dias, num sinal descendente adicional.
Contudo, depois de um colapso tão forte, era de se esperar pelo menos um canto do cisne ou, como chama o mercado, um “quique do gato morto” (“dead cat bounce”), termo para quando uma ação cai tão forte que ainda quicaria em recuperação mesmo se fosse um gato morto... Pelo menos por um tempo.
Além disso, se o preço abrir ao nível em que se encontra no pré-mercado, isso aconteceria próximo às mínimas entre setembro e janeiro, que funcionariam como suporte. Se isso acontecer, o preço poderia formar o ombro direito de um topo de H&S, completado quando o pescoço (linha verde) a US$ 245 for quebrado.
Estratégias de negociação
Os Investidores conservadores devem esperar ou por novas altas que coloquem a ação de volta num mercado ascendente, ou que pelo menos estenda a tendência anterior de alta. Outro opção, para evitar uma armadilha de urso, é esperar que o topo de H&S se complete, com um fechamento abaixo de US$ 240 e um movimento de retorno que verifique a resistência.
Os Investidores moderados comprariam ações se os preços demonstrarem acúmulo, ou venderiam de os preços caírem abaixo de US$ 245.
Os Investidores agressivos podem entrar um uma posição longa contrária, contando com o suporte das mínimas anteriores e a possibilidade de um quique do gato morto. Entretanto, eles devem entender que não é possível saber se alguma das operações individuais terá sucesso. Eles devem mirar êxito em negociações consistentes de acordo com seu plano de gestão de caixa. Veja um exemplo:
Exemplo de Trade
- Entrada: US$ 250
- Stop-Loss: US$ 244
- Risco: US$ 6
- Meta: US$ 286
- Recompensa: US$ 36
- Taxa Risco-Recompensa: 1:6