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Há motivos para comemorar dados econômicos mais fracos nos EUA?

Publicado 05.10.2022, 13:04
Atualizado 02.09.2020, 03:05
  • Mercados começaram bem o mês de outubro, na esteira de dados econômicos mais fracos nos EUA.
  • Investidores acreditam que uma desaceleração da atividade industrial pode fazer com que o Fed corte os juros antes do previsto.
  • Entretanto, dados industriais mais fracos, em conjunto com um dólar forte, também indicam uma desaceleração dos resultados das empresas americanas.

O mercado acionário registrou um forte e repentino repique nos dois primeiros dias de outubro, com o índice S&P 500 saltando cerca de 5,75% nas duas primeiras sessões do mês. No momento em que escrevo, o benchmark estava devolvendo parte dos ganhos, mas, ainda assim, está sendo negociado bem acima das mínimas de meados de junho.

Mas, antes de estourarmos uma champanhe para comemorar o início de uma reversão de tendência, devemos analisar as razões para o rali.

 Análise PMI

Fonte Yardeni.com

Um ponto gera preocupação nos gráficos acima. A máxima “más notícias são boas notícias” nunca foi tão verdadeira. Sim, os mercados praticamente comemoraram a queda na atividade industrial dos EUA ao menor patamar desde 2020 (período da Covid), bem como a redução mais significativa nas aberturas de vagas de emprego no país em quase dois anos e meio.

Isso é particularmente importante diante da crença do mercado de que, se a economia estiver mais fraca, a inflação tende a cair, o que, por sua vez, implicaria uma agressividade menor do Fed e um prolongado repique.

Agora, o pregão de segunda-feira também foi o primeiro dia do mês de outubro, o que me fez encontrar esta estatística interessante na internet: quando o mercado tem um desempenho acima de 2% no primeiro dia do mês, qual é a sua direção subsequente? Na imagem abaixo, está a resposta para o dia seguinte e os seis meses posteriores.

Fonte Rennie Yang

Evidentemente, não queremos dar um ar de certeza a esse tipo de estatística. Já disse milhares de vezes como acredito que o investidor deve se comportar. No entanto, é interessante ver como os retornos se comportam após um período de três e seis meses.

Agora, após nove meses de um bear market (mercado de baixa) e uma queda de 21%, a verdadeira questão que devemos nos fazer é: quanto o mercado ainda precisa precificar em termos de queda?

Acredito que ainda estão faltando algumas coisas, sendo a principal delas a próxima temporada de balanços corporativos. Todas as grandes empresas dos EUA divulgarão seus resultados trimestrais entre outubro e novembro.

Em teoria, a desaceleração industrial combinada com um dólar forte (mais da metade da receita das Big Techs vem de fora dos EUA) gera um considerável declínio nos resultados em quase todos os setores do S&P 500.

Fonte Factset

Essa combinação de fatores pode levar a dois cenários:

  1. Encerramento do ciclo negativo de dados e notícias a serem descontadas, o que pode fazer os mercados tocarem um novo e definitivo fundo. Nesse caso, minha opinião é que os investidores deveriam aproveitar a oportunidade para reduzir alocações em caixa e realizar compras escalonadas de ativos de alta qualidade.
  2. Os mercados podem ver a fraqueza nas empresas dos EUA como uma evidência a mais de declínio na inflação, o que, paradoxalmente, deve ser percebido como uma “boa notícia". Nesse caso, o melhor para os investidores sensatos seria se preparar para uma reversão do bear market deste ano.

Como mostrei em minha última análise, todo bear market da história foi seguido de um bull market (mercado de alta) ainda mais forte.

Será que desta vez é diferente? Ninguém sabe, mas as chances certamente estão do nosso lado.

Aviso: O autor tem uma posição comprada no S&P 500 e pretende aumentá-la caso o índice continue caindo.

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