Deixa para depois
Zero a zero
Enquete em nosso Twitter: vai ter rali?
Terminou rigorosamente empatada.
Como foi um número ímpar de votos, em tese alguém ganhou.
Mas o Twitter, diplomata, arrendonda o resultado.
A boa notícia é que o Ibovespa está barato, convidando a um ralizinho de Boas Festas.
A má notícia é que dependemos do Congresso Nacional.
Procrastinando
Este mesmo Congresso que deixou para hoje a utópica (?) cassação do Eduardo Cunha.
E também deixou para hoje a meta fiscal 2015 com déficit de R$ 120 bi.
Aliás, você não acha estranho que a meta 2015 seja votada em dezembro de 2015?
Imagina se fosse assim na Ambev (SA:ABEV3); todo mundo teria direito a 12 salários de bônus!
Só que não haveria bônus para distribuir.
Depois vai demorar
Faça os cálculos.
Mesmo com CPMF na conta e vários acréscimos fantasiosos de receitas, o orçamento público para 2016 continuaria deficitário.
Por quê?
No fim das contas, quem manda é o PIB e, por conseguinte, a arrecadação.
Se as coisas continuarem como estão, nossa dívida sobre PIB atingirá 80% ao final do Governo Dilma.
O país se tornaria ainda mais junk do que o BTG.
Quem sabe uma mudança de controle resolva a situação.
Num passe de mágica
À medida que a dívida sobe, o custo da dívida sobe - e a política monetária perde o sentido.
A rigor, o Copom abdica por completo de sua já tímida influência sobre os juros de longo prazo.
Mas nem tudo são mágoas.
O crescimento reage muito mais à trajetória da dívida do que à dívida em si.
Se conseguirmos estabilizar a dívida/PIB (imagina-se lá como), sairemos também da recessão.
Tira-teima
Depois do PIB 3T15 catastrófico divulgado ontem, os bancos revisam em massa suas estimativas para 2015 e 2016.
No embasamento da Carteira Empiricus, estamos com -4% de PIB em 2015 e -3,5% em 2016.
Em resposta “imediata”, a presidente Dilma encomendou a Levy um conjunto de medidas para retomar a agenda do crescimento.
Como se houvesse alguma medida possível e ainda não imaginada pelo ministro…
Na verdade, há.
Mas foge à alçada de Levy imaginar esse tipo de coisa.