A Bovespa iniciou maio no campo negativo, em meio a ajustes após o feriado da véspera, pressionada por sinais de fraqueza da atividade industrial da China, maior parceiro comercial do país.
As ações da mineradora Vale, que tem na China seu principal mercado, pressionaram o Ibovespa que fechou em queda de 1,05 % nesta quinta-feira, a 55.321 pontos.
O movimento foi na contramão das principais bolsas externas, impulsionadas pela decisão do Banco Central Europeu de reduzir a taxa de juros para nova mínima história, um dia depois do BC dos Estados Unidos manter seu plano de estímulo monetário.
O forte recuo no número de novos pedidos de auxílio-desemprego dos EUA na semana passada também contribuiu para o otimismo no exterior, ajudando o referencial S&P 500 a fechar em alta de 0,94 %.
"Novamente deixamos de acompanhar o bom momento das bolsas norte-americanas, mas tenho impressão de que isso será corrigido um pouco na próxima semana", disse Álvaro Bandeira, sócio da Órama Investimentos no Rio de Janeiro.
"Essas medidas (do BCE) são importantes para a zona do euro e para a economia global, e isso deve beneficiar as ações." As ações da Vale tiveram o maior peso na queda do índice, com as preferenciais recuando 2,73 % e as ordinárias, 2,22 %.
Empresas do grupo do bilionário Eike Batista lideraram as baixas do índice, após os ganhos acumulados nas últimas sessões.
A mineradora MMX caiu 7,17 %, enquanto a petrolífera OGX perdeu 6,15%.
Já a preferencial da Petrobras subiu 0,8 % e foi a principal influência positiva para o índice, em dia de alta do petróleo no exterior.
O giro financeiro do pregão na Bovespa foi de 8,0 bilhões de reais, ante média diária de 7,71 bilhões de reais em 2013.