Maré vermelha
Maré vermelha mundo afora, com mercados ainda digerindo a constatação de que Trump não é onipotente — vide abaixo. Quedas moderadas nos dois lados do Atlântico, com mercados do Velho Continente ainda especialmente afetados pelo mau momento das ações de mineradoras.
Por aqui estamos quaaaase no zero-a-zero, com predominância de nomes locais no ponta vencedora — paradoxalmente, exportadoras perdem valor em dia de valorização do dólar. Juros têm leve retração ao longo de toda a curva, ampliando mergulho iniciado na tarde de sexta.
Making America (not so) Great Again
Não há retórica inflamada que mude o fato de Trump ter sofrido um revés significativo no Congresso na última sexta. Resposta dos mercados foi imediata em ações, juros e principalmente volatilidade, que vinha excepcionalmente baixa.
Ops!
Passado o susto inicial, caminha-se para algo que talvez possamos chamar de normalização. Talvez o mercado, enfim, passe a enxergar que não pode dar como certos os planos de Trump e precificar por inteiro os resultados de suas investidas mais arrojadas por vir.
Atenções da equipe de Donald se voltam agora ao enorme, fenomenal, fantástico plano de corte de impostos. Vai ser enorme, ele disse.
Aguardamos com enorme ansiedade o resultado.
Tibum
Em evento raro, o rabo abanou o cachorro: desdobramentos da trama que se passava no Congresso americano ficaram em segundo plano por aqui, preteridos em favor de um evento local.
Foi grande o mergulho dos DIs na tarde de sexta, na esteira de sinalizações de diretor do BC de aprofundamento da queda de juros à frente. Corte de 100 pontos para a Selic no próximo Copom caminha para a unanimidade, e já há quem se insurja com propostas ainda mais arrojadas.
Atividade econômica fraca e inflação bem-comportada poderiam abrir espaço para juros serem levados abaixo do equilíbrio de longo prazo ao longo deste ciclo de redução. Talvez...
Enquanto isso, Meirelles voltou a avisar que o gato subiu no telhado: equipe econômica está considerando fim das isenções a alguns setores e medidas envolvendo o IOF e o PIS/COFINS.
De algum lugar terá de vir, afinal, a arrecadação extra para fazer o orçamento fechar.
Riscos da cegueira
O que me incomoda em meio a isso tudo é a tranquilidade do mercado com relação à Reforma da Previdência, tomada como líquida e certa.
Investidores parecem ignorar a possibilidade de, em meio ao habitual xadrez palaciano, sairmos com pouco ou nada na mão. E se?
Não percamos de vista que a pauta é inerentemente impopular e que nossos políticos, como habitual, estão muito mais preocupados em salvar a própria pele.
Ânimos em Brasília, aliás, ficaram ainda mais exaltados após o vazamento das delações da Odebrecht. Decisões de Fachin sobre pedidos de inquérito propostos por Janot são ansiosamente esperadas.
Aliás, faça-se justiça: cabem aos Antagonistas os créditos pela publicação das delações — de arrepiar os cabelos. Enquanto isso, outros veículos se ocupavam de coisas mais importantes:
“Jornalismo de qualidade precisa de recursos”, dizem por aí. Concordo…
…mas os recursos que estão em falta são os humanos.
Bata o seu gerente
(Metaforicamente!)
Que tal aproveitar oportunidades do mercado com proteção extra?
Com o método BRAP você pode bater — isto é, superar — os retornos dos produtos oferecidos a você pelo seu gerente, com riscos controlados.
A relação risco-retorno é tão melhor que a dos produtos do seu banco do coração que, da próxima vez que seu gerente ligar para oferecer aquele CDB maroto, você terá vontade de bater nele — de novo, metaforicamente!
Como qualquer investimento — inclusive o CDB do “banco feito para você” —, a estratégia tem riscos e, portanto, retornos não são garantidos. Mas a Empiricus confia tanto no Método BRAP que assumiu um compromisso para o caso de ele não gerar ganhos.
Interessou? Confira lá.