O ano de 2023 foi extremamente lucrativo para os investidores e entusiastas do Bitcoin.
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O Bitcoin foi o investimento mais rentável do ano, entregando uma rentabilidade superior a 100%.
Na contramão, o dólar obteve o pior desempenho dentre os ativos analisados, apresentando uma rentabilidade negativa (real) de -10%.
Traduzindo isso em números, quem possuía R$ 100.000,00 em Bitcoin, em 1º de janeiro, encerrou o ano com mais de R$ 220.000,00, enquanto quem investiu R$ 100.000,00 em dólar no mesmo período, viu seu dinheiro encolher para menos de R$ 90.000,00.
Em abril deste ano, teremos o halving do Bitcoin (evento que ocorre, normalmente, a cada 04 anos), e muito possivelmente, o assunto voltará as manchetes, inclusive, da mídia não especializada.
O “investidor leigo”, ao ler essas narrativas, movido pela ganância, desinformação e euforia generalizada – comportamento típico do mercado especulador, tende a acreditar que esta subida nunca terá fim, é o que chamamos de efeito manada.
Normalmente, este cenário, não acaba nada bem, com as pessoas perdendo (muito) dinheiro.
É muito comum, conhecer pessoas, que já presenciaram alguma história de quem “perdeu muito, às vezes tudo, com investimentos”.
Essa publicação não tem a pretensão de prever o preço do Bitcoin ou de qualquer outro ativo, pois quem conhece o mercado sabe que, no curto prazo, é praticamente impossível antecipar qual será sua direção.
O objetivo desta publicação é alertar o investidor das armadilhas de determinadas narrativas. Além disso, proporcionar educação financeira e conscientizar de que não existem “milagres” nos investimentos.
Como apresentado na publicação anterior “Onde Investir em 2024?”, o que tornam as pessoas vencedoras em seus investimentos é a clareza de seus objetivos e a boa execução das estratégias adotadas, mantendo-se investido, transformando o tempo em seu maior aliado.
Buffett, considerado o maior investidor de todos os tempos, na reunião anual aos acionistas da Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa) de 2008 disse: “não trocaria uma única noite de sono pela chance de aumentar meus lucros”.
Essa frase nos ensina que nunca devemos ser guiados pela ganância e pela euforia do mercado, pois não existem “atalhos”, mas sim fundamentos nos investimentos.
É válido salientar, que Buffett, apesar de ser milionário desde os 32 anos, acumulou 97% de toda a sua fortuna, após os 60 anos, traduzindo em números, o como manter-se investido transforma as probabilidades e os juros compostos a nosso favor.
O exemplo de Peter Lynch e seu fundo Fidelity Magellan, que aumentaram em 28 vezes o capital em 13 anos, evidenciam como o “investidor comum” a perseguir narrativas e não se ater a uma estratégia de investimento, consegue perder dinheiro, em praticamente todas as ocasiões.
Com uma estratégia simples e bem definida, de não tentar adivinhar o timing de mercado, o fundo de Lynch, entregou uma rentabilidade acima de 29% ao ano, em média, durante os anos de 1977 até 1990.
Traduzindo isso em números, quem possuía R$ 100.000,00 investidos no fundo de Peter Lynch, em 1977, viu o seu dinheiro multiplicar para R$ 2.800.000,00 ao final de 1990!
Você deve estar imaginando, que todos os investidores multiplicaram seu capital e ganharam muito dinheiro.
Pois bem, por mais incrível que pareça, o “investidor médio”, perdeu dinheiro investindo no fundo!
Especialistas afirmam, que essas perdas ocorreram principalmente pela psicologia humana.
Pois, os investidores “entravam no fundo após ganhos extraordinários, e saiam em momentos de altas quedas”, movimento característico de “investidores de narrativas”, que investem ancorados na emoção (vieses comportamentais e narrativas de mercado) e não com a razão (estratégia e objetivo bem definidos).
Charlie Munger, sócio de Buffett, que infelizmente nos deixou recentemente, nos ensina que “o grande dinheiro (ou o dinheiro de verdade) não está na compra e na venda, mas sim na espera”.
Dessa maneira, espero que os exemplos aqui apresentados, lhe tragam racionalidade para as suas decisões de investimentos.
Expurgando a ganância, trazendo convicção e firmeza para sua estratégia, assim como Benjamin Graham, grande mentor de Buffett, nos ensinou: “o verdadeiro investidor não deve pautar seu comportamento (e investimentos) pelas flutuações do mercado”.