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Investidores Ficam em Cima do Muro à Espera de Sinais Concretos

Publicado 07.12.2015, 12:46

Plano para escapar de Bangu 8

Passeata

Conversamos com um investidor gringo que acompanha Brasil segundo a segundo, ponderando o momento exato de embarcar na Virada de Mão.

Qual é o gatilho aguardado por ele?

“Riots on the streets”.

Esse investidor - assim como muitos políticos - condiciona o impeachment às manifestações populares.

O raciocínio não está errado.

Mas seria ele o mais útil para o momento?

Caras e bocas

O impeachment de Collor foi ilustrado como a vingança dos caras-pintadas.

Protestos nas ruas talvez representem uma condição suficiente para o impeachment, mas não quer dizer que sejam condição necessária.

As pessoas estão insatisfeitas com o Governo - Ibope e Datafolha medem isso continuamente.

Empresários se mostram ainda mais irritados.

E o Congresso obedece não só aos anseios externos (de pessoas e empresas), mas também à sua própria microestrutura.

É simplista, portanto, condicionar em absoluto o impeachment aos “riots on the streets”.

Fora do muro

Que seja simplista, mas a maioria dos investidores institucionais prefere ficar em cima do muro enquanto não surgem sinais concretos - a favor ou contra - o impedimento de Dilma.

Por definição, não ficamos em cima do muro - não num contexto em que ambos os lados do muro são melhores do que a situação presente.

Já expliquei aqui por que o processo de impeachment é salutar, seja qual for seu resultado.

Depois desse processo, encamparemos discussões mais pragmáticas: CPMF, privatizações, DRU, parlamentarismo. A vaca fria que anda tão quente.

E com uma vantagem: corruptos passaram a ter medo do japonês bonzinho.

O problema é seu

Em entrevista ao Valor, Joaquim Levy explica que a resistência à CPMF vem das pessoas acharem que o déficit fiscal é um problema do Governo.

Levy pode se esforçar na retórica, mas fato é que o déficit fiscal é sim um problema do Governo.

Dilma produziu esse déficit, o amplificou por meio das pedaladas e o direcionou a fins eleitorais.

O problema é do Governo, mas as consequências são amplas.

Chegamos a 60 milhões de CPFs impedidos de contrair crédito, que respondem por R$ 260 bi em dívidas em atraso.

A inflação da baixa renda atingiu 11,22% nos doze meses até novembro.

O que vem do Governo volta para o Governo.

Só não vai quem já morreu

Em novembro, a caderneta de poupança completou onze meses consecutivos de saída de recursos.

Saques superaram os depósitos em R$ 1,3 bilhão.

Parte dessa grana está migrando para alternativas mais eficazes de geração de renda.

O analista Carlos Herrera - que ordenha semanalmente nossas Vacas Leiteiras - selecionou cinco papéis bem melhores do que a poupança.

Pagadores de dividendos, esses papéis combinam alto rendimento a um baixo perfil de risco.

Os detalhes estão todos aqui. Só não escapa da poupança quem não quer.

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