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Jogo de Janot Pouco Interessa ao País

Publicado 27.06.2017, 15:47
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Linearizando o Caos

Eu não partilho do “desprezo” do Felipe pela simplicidade dos modelos econômicos: dado que os sistemas econômicos reais são muito complexos e caóticos no sentido matemático da coisa, vale simplificar a brincadeira e colocar tudo como se fosse bem mais direto.

Os teóricos criam modelos que, apesar de incapazes de PREVER com exatidão os comportamentos dos mercados, podem dar uma boa ideia para os formuladores de política econômica, também conhecidos como banqueiros centrais, de como agir.

Jogo de Janot Pouco Interessa ao País

Essa formuleta, também conhecida como Regra de Taylor, expressa que a diferença entre a taxa de juros efetiva (i) e a taxa de juros neutra (i*) se relaciona tanto com a diferença entre a taxa de inflação observada (π) e a meta da inflação estipulada pelo Banco Central (π*) quanto com a diferença entre o PIB efetivo (Y) e o PIB potencial, ou de pleno emprego, (Y*).

Nota: (Y - Y*) é conhecido como hiato do produto, ou a diferença de ritmo de crescimento da economia contra seu crescimento de equilíbrio. Em tese, se Y > Y*, o país tá crescendo mais do que “pode” e teremos pressão inflacionária. Se Y

Em português: a política monetária regula a relação entre inflação e PIB. Quanto maior a taxa de juros, menor a inflação, mas menor o crescimento do PIB. Assim, se o Banco Central quiser estimular o crescimento, ele reduz as taxas de juros, o que acaba gerando pressão inflacionária.

O tempo todo o Banco Central trabalha com um cobertor curto: o controle da inflação x crescimento econômico – se errar na mão pra cima, vai levar a uma inflação menor do que a meta e também estrangular a economia. Se for muito leniente, vai gerar crescimento mas com muita inflação.

É possível fazer uma infinidade de ressalvas e crítica à fórmula, que trata todo o processo como exógeno e independente, mas, ela é um ótimo norte para que caras como o Ilan decidam o que fazer com a taxa de juros dado o nível de atividade, emprego e inflação do país.

Tá, mas e o por que estou falando isso?

Quanto Custa o Dinheiro

“...ainda não consegui compreender a relação entre inflação - desemprego - selic. Vocês costumam comentar cenário e a pedir que o BACEN acelere o passo, porque se a inflação ficar uito abaixo da meta, não tem outra saída. Mas não compreendo como de dá essa relação, nem tampouco como pode ser ruim ter uma inflação abaixo da meta. Quanto menor a inflação, não seria melhor?”

Acredite, Paulinha, eu também já me peguei pensando qual o problema da inflação ficar abaixo da meta. Afinal, tem vezes que menos é mais, não?

Veja, no fim das contas, o que a Regra de Taylor está fazendo é colocar dentro de uma fórmula o fato de que a taxa de juros é o preço do dinheiro no tempo.

Hein???

Olha só: se as taxas de juros forem muito altas, vale mais a pena guardar a grana no banco e deixar seu dinheiro trabalhando por você. Se o Tesouro está disposto a te pagar 14 por cento ao ano, vale muito mais comprar umas LFTs do que aquela televisão 4K bacanuda.

Ou, pensando como um empreendedor: fica caro tomar um dinheiro emprestado pra construir uma nova planta, empregar uma galera e fazer a economia girar. Se ninguém investe nem consome, os preços não sobem (oferta x demanda), mas o PIB não anda.

O inverso também é valido: num ambiente de juros zero não vale a pena poupar. Todo mundo sai comprando e a economia prospera. O PIB cresce, mas os preços aumentam.

Oras, se aplicarmos o conceito da Regra de Taylor para a situação atual da economia por aqui, fica claro que a inflação abaixo da meta está custando crescimento e emprego e, por isso, é recomendável que esse corte nas taxas de juros seja mais vigoroso.

Inflação baixa, por si só, não chega a ser uma notícia ruim, mas, num ambiente recessivo e com o desemprego lá em cima, não faz nenhum sentido essa cautela toda pra cortar juros, ainda mais depois da constatação que o boi negro de 18 de maio foi deflacionário.

#CoragemBC

Janot, o Sádico

Mercado não curtiu muito essa história de um presidente ser investigado pela primeira vez na história destepaiz. Janot vai esfolando Temer em praça pública e deixando a carcaça do governo sangrar, Ramsay Bolton teria orgulho.

Longe de mim defender Temer, mas esse jogo pouco interessa ao país – um governo paralisado por meses em meio a essa crise e necessidade de reformas, 14 milhões de desempregados…

Enquanto a situação do presidente não se definir, nada de avanço nas agendas em Brasília – a trabalhista está encaminhada, mas nem pensar em discutir a da previdência. Há quem diga que Temer não chegue ao fim de setembro – pelo menos vai poder passar o Dia das Crianças com o Michelzinho. Quer dizer, sem foro, vai depender do Moro...

Por enquanto, se desenha uma saída com Rodrigo Maia assumindo e mantendo Meirelles e a agenda de reformas. Mas, parece bom demais pra ser verdade, não?

Sem vontade de pagar pra ver, mercado se segura. Juros abrem e a Bolsa só não cai porque minério e commodities em geral tiveram bom desempenho pela Ásia; siderúrgicas e Vale (SA:VALE5) seguram a brincadeira. Dólar vai subindo, recuperando parte do recuo de ontem.

Lá fora, reagindo a discursos e expectativas de bancos centrais, Bolsas operam no vermelho – Google (nunca será Alphabet) reage mal à multa bilionária na Europa e outras tech stocks vão junto pra baixo, S&P se segura pelo bom desempenho de bancos.

Yellen fala daqui a pouco e deve dar alguma pista de como será a política monetária para o restante do ano – dependendo de como for o discurso da vovó, tudo pode mudar. É bom ficar de olho.

MMA

Vira e mexe a gente recebe aquela pergunta básica: “se vocês são tão bons em multiplicar o dinheiro dos outros, porque não aplicam seu próprio dinheiro e ficam ricos”.

Tem muitos argumentos pra rebater a pergunta – vocação, o empreendedorismo dos fundadores, a falta do capital inicial para investir em Bolsa e muitas outras.

Mas, a resposta definitiva é: “quem disse que os analistas da casa não investem e ganham bastante dinheiro no mercado?”.

Pensando nisso, os 3 sócios-fundadores da casa resolveram abrir sua carteira de investimentos e compartilhar com 250 felizardos que poderão ter ganhos bem acima do CDI sem abrir mão de segurança.

Quer saber como Felipe Miranda, Caio Mesquita e Rodolfo Amstalden investem?

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