A nova escalada da guerra comercial entre China e EUA começa a afetar o julgamento de membros do FOMC sobre o diagnóstico e o ‘remédio’ a ser prescrito para a economia americana.
Barkin, Bostic, Kaplan e Mary Daly expressaram preocupação em discurso ontem, citando que escalada das tensões comerciais poderia ameaçar o crescimento econômico americano e alguns analistas mostram preocupação com os mais recentes PMI, todos se aproximando dos 50 pontos (limite da estabilidade).
Na linha contrária, entretanto, está o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, indicando que não existem elementos temporais suficientes para indicar que a guerra comercial já esteja afetando aos EUA, ainda que entenda a necessidade de uma conclusão rápida do evento.
Neste cenário, as visões de curto prazo estão afetando novamente o desenho das curvas de juros americanas, refletindo as expectativas, ou desejo, dos investidores e analistas por um corte de juros em breve, ainda este ano.
Este embate se renova e tudo será medido pelos resultados macroeconômicos, tendo o mercado de trabalho e a inflação pesos renovados neste contexto.
Localmente, o indicador mais importante da semana é divulgado hoje, onde o IPCA-15 deve reverter as altas mais recentes, com pressões em alimentos, porém a contínua alta dos combustíveis e do dólar evita que a descompressão seja mais intensa do que poderia.
Voltamos as atenções à agenda da próxima semana e à série relevante de indicadores econômicos, com destaque ao PIB, setor externo, IGP-M e resultados fiscais.
Os EUA também divulgam o PIB e mais uma série importante de indicadores econômicos.
CENÁRIO POLÍTICO
Theresa May ‘jogou a toalha’ hoje, anunciando sua saída como primeira ministra até 7 de julho.
Para muitos, seu mandato foi considerado desastroso e de retrocessos no processo do Brexit, o qual continua sem conclusão.
O erro de David Cameron que levou efetivamente à possibilidade do referendo do Brexit e o nítido arrependimento posterior não foi corrigido durante o mandato de May e o processo pode se arrastar ao ponto de nenhuma conclusão. Ou seja, sem acordos comerciais com a UE.
Localmente, a cautela se eleva com os protestos de domingo.
Com adesão dispersa, a pauta tende a ser apoio às reformas e defesa do governo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com tensões aliviadas da guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi misto, ainda por dúvidas quanto à guerra comercial.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao paládio.
O petróleo abre em alta, após a pior perda semanal de 2019.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 6%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,04 / 0,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,063%
Dólar / Yen : ¥ 109,68 / 0,064%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,245%
Dólar Fut. (1 m) : 4051,82 / 0,21 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,38 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,79 % aa (-0,88%)
DI - Janeiro 23: 7,97 % aa (-0,50%)
DI - Janeiro 25: 8,57 % aa (-0,35%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,48% / 93.910 pontos
Dow Jones: -1,11% / 25.490 pontos
Nasdaq: -1,58% / 7.628 pontos
Nikkei: -0,16% / 21.117 pontos
Hang Seng: 0,32% / 27.354 pontos
ASX 200: -0,55% / 6.456 pontos
ABERTURA
DAX: 0,947% / 12065,62 pontos
CAC 40: 0,930% / 5330,50 pontos
FTSE: 0,665% / 7279,12 pontos
Ibov. Fut.: -0,57% / 94174,00 pontos
S&P Fut.: 0,663% / 2838,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,605% / 7355,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,60% / 78,43 ptos
Petróleo WTI: 1,24% / $58,63
Petróleo Brent:1,22% / $68,59
Ouro: -0,14% / $1.281,70
Minério de Ferro: 0,28% / $97,31
Soja: -0,81% / $14,63
Milho: 1,28% / $395,00
Café: 0,48% / $94,00
Açúcar: 0,09% / $11,58