BNP Paribas reduz projeção de inflação para 2025 e 2026 e vê afrouxamento da Selic em março
Depois de ver suas ações caírem 24 por cento após novas delações do Palocci envolverem André Esteves, do BTG Pactual (SA:BPAC11), o banco deu um novo sinal de que está enfrentando dificuldades também na captação de recursos para financiar as suas atividades.
A LCIs, Letras de Crédito Imobiliário isentas de IR, que antes eram emitidas pelo banco com taxas de aproximadamente 91 por cento do CDI para 1 ano, agora estão sendo oferecidas a 105 por cento do CDI para 6 meses. Uma bela alta!
Por essas LCIs serem isentas de IR, esse retorno de 105 por cento equivaleria a um CDB de 6 meses a 135,5 por cento do CDI.
Você não vai encontrar essas taxas no mercado nem para bancos arriscadíssimos que dão prejuízo todo ano.
Oportunidade ou sinal de risco?
Essa não é a primeira vez que o banco passa por esse tipo de turbulência.
Em 2015, quando André Esteves foi de fato preso, o banco também teve queda forte em suas ações, e redução de captação de dinheiro no mercado.
Eles acabaram pegando uma linha de financiamento de emergência com o FGC de cerca de 6 bilhões de reais para que pudessem manter suas atividades.
Muita gente imaginou que naquele ano eles mostrariam prejuízo no balanço, e que não iriam mais se recuperar do golpe.
Mas não foi isso que aconteceu.
O banco obteve lucro recorde, com ROE acima de 20 por cento, e devolveu antecipadamente 2 bilhões do empréstimo com o FGC, mostrando que a recuperação foi tão rápida quanto o declínio.
As operações do banco, embora tenham cerca de um terço vindo de sales and trading, são até que bem diversificadas. E as receitas bem constantes ao longo do tempo.
Várias linhas de negócio não têm nada a ver com o risco do banco, e não se abalariam com o que está acontecendo.

Acho muito difícil que esta crise, em cima de uma delação que já era pública, prejudique o banco mais do que foi prejudicado em 2015.
E sendo que naquele ano ele mostrou uma baita resiliência, acredito que este ano não vá ser muito diferente.
Hora do sniper!
Como investidor, acredito que agora seja a hora de sair da moita e atacar!
Aproveitar-se do momento frágil do banco para investir nesse título de crédito de taxa bem mais alta do que vemos no mercado.
Depois que a captação estabilizar, e os outros investidores perceberem que eles superaram essa crise, as taxas devem retornar ao normal praticado antes.
Essas taxas só vão existir agora.
E a oportunidade está muito mais na renda fixa do que nas ações. A queda das ações em 24 por cento só levou os múltiplos do banco para níveis normais, uma vez que, anteriormente, os preços estavam muito esticados.
Ou seja, mesmo com a queda, as ações não estão uma barganha. O Preço sobre Patrimônio está acima de 2 vezes (2,2). Nível tão alto quanto o do Itaú (SA:ITUB4), que é negociado a 2,7 vezes. Não vale o risco.
Já a LCI do BTG (SA:BPAC11) está acima de qualquer LCI encontrada no mercado. Além disso, está acima de qualquer CRA, CRI, CDB, dentre muitos outros.
Assim como esse evento do BTG Pactual (SA:BPAC11), periodicamente vemos eventos como esse no mercado de renda fixa.
Em 2016 investimos em debêntures da Cemig (SA:CMIG4) a IPCA + 11 por cento, sendo que essa mesma debênture é negociada hoje a IPCA + 3,5 por cento. Só isso já dá um retorno de 43 por cento!
O nosso famoso IPCA+ 2035 também foi responsável por um retorno de 40 por cento durante 2 anos seguidos!
Dá para ganhar muito dinheiro com essa marcação a mercado, e essa é uma das nossas estratégias preferidas.
A renda fixa também pode ser agressiva!
Ela não é retorno baixo e constante. Já conheceu algo assim?
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