LCI: BTG Pactual Aumenta Suas Taxas de Retorno. Oportunidade?

Publicado 10.09.2019, 18:29

Depois de ver suas ações caírem 24 por cento após novas delações do Palocci envolverem André Esteves, do BTG Pactual (SA:BPAC11), o banco deu um novo sinal de que está enfrentando dificuldades também na captação de recursos para financiar as suas atividades.

A LCIs, Letras de Crédito Imobiliário isentas de IR, que antes eram emitidas pelo banco com taxas de aproximadamente 91 por cento do CDI para 1 ano, agora estão sendo oferecidas a 105 por cento do CDI para 6 meses. Uma bela alta!

Por essas LCIs serem isentas de IR, esse retorno de 105 por cento equivaleria a um CDB de 6 meses a 135,5 por cento do CDI.

Você não vai encontrar essas taxas no mercado nem para bancos arriscadíssimos que dão prejuízo todo ano.

Oportunidade ou sinal de risco?

Essa não é a primeira vez que o banco passa por esse tipo de turbulência.

Em 2015, quando André Esteves foi de fato preso, o banco também teve queda forte em suas ações, e redução de captação de dinheiro no mercado.

Eles acabaram pegando uma linha de financiamento de emergência com o FGC de cerca de 6 bilhões de reais para que pudessem manter suas atividades.

Muita gente imaginou que naquele ano eles mostrariam prejuízo no balanço, e que não iriam mais se recuperar do golpe.

Mas não foi isso que aconteceu.

O banco obteve lucro recorde, com ROE acima de 20 por cento, e devolveu antecipadamente 2 bilhões do empréstimo com o FGC, mostrando que a recuperação foi tão rápida quanto o declínio.

As operações do banco, embora tenham cerca de um terço vindo de sales and trading, são até que bem diversificadas. E as receitas bem constantes ao longo do tempo.

Várias linhas de negócio não têm nada a ver com o risco do banco, e não se abalariam com o que está acontecendo.

Linhas de Negócio BTG

Acho muito difícil que esta crise, em cima de uma delação que já era pública, prejudique o banco mais do que foi prejudicado em 2015.

E sendo que naquele ano ele mostrou uma baita resiliência, acredito que este ano não vá ser muito diferente.

Hora do sniper!

Como investidor, acredito que agora seja a hora de sair da moita e atacar!

Aproveitar-se do momento frágil do banco para investir nesse título de crédito de taxa bem mais alta do que vemos no mercado.

Depois que a captação estabilizar, e os outros investidores perceberem que eles superaram essa crise, as taxas devem retornar ao normal praticado antes.

Essas taxas só vão existir agora.

E a oportunidade está muito mais na renda fixa do que nas ações. A queda das ações em 24 por cento só levou os múltiplos do banco para níveis normais, uma vez que, anteriormente, os preços estavam muito esticados.

Ou seja, mesmo com a queda, as ações não estão uma barganha. O Preço sobre Patrimônio está acima de 2 vezes (2,2). Nível tão alto quanto o do Itaú (SA:ITUB4), que é negociado a 2,7 vezes. Não vale o risco.

Já a LCI do BTG (SA:BPAC11) está acima de qualquer LCI encontrada no mercado. Além disso, está acima de qualquer CRA, CRI, CDB, dentre muitos outros.

Assim como esse evento do BTG Pactual (SA:BPAC11), periodicamente vemos eventos como esse no mercado de renda fixa.

Em 2016 investimos em debêntures da Cemig (SA:CMIG4) a IPCA + 11 por cento, sendo que essa mesma debênture é negociada hoje a IPCA + 3,5 por cento. Só isso já dá um retorno de 43 por cento!

O nosso famoso IPCA+ 2035 também foi responsável por um retorno de 40 por cento durante 2 anos seguidos!

Dá para ganhar muito dinheiro com essa marcação a mercado, e essa é uma das nossas estratégias preferidas.

A renda fixa também pode ser agressiva!

Ela não é retorno baixo e constante. Já conheceu algo assim?

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