Bitcoin dispara acima de US$ 116 mil após discurso de Powell e ganha fôlego
O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou seu balanço e, mais do que os números da instituição, o que realmente chama atenção são os sinais sobre a economia como um todo. E o sinal não é verde — é laranja.
A inadimplência do agro subiu. E isso, no painel do “carro chamado Brasil”, funciona como aquela luz que acende de repente: não para o motor, mas avisa que algo não está bem. Ignorar pode ser tentador. Afinal, o carro continua rodando. Mas deixar para depois pode custar muito mais caro.
O agro, motor da economia brasileira, começa a dar sinais de desaceleração. E aqui está o ponto central: quando esse setor perde ritmo, o impacto vai além das fazendas e exportações — atinge toda a cadeia de consumo, logística, crédito e até a confiança dos investidores.
O alerta fica ainda mais forte diante do contexto externo. As incertezas geopolíticas seguem no radar: guerra no leste europeu, tensões comerciais e volatilidade cambial. Se, por um lado, o Brasil pode se beneficiar de uma eventual reabertura da Rússia ao comércio internacional ou de novos acordos com os EUA, por outro, a instabilidade é um fator de risco que não pode ser subestimado.
Segundo dados da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), o agronegócio responde por 24,8% do PIB nacional (2023). Isso significa que qualquer sinal de fraqueza nesse setor não é apenas uma “luz no painel” — afeta diretamente a sustentação da economia.
E aqui está a grande questão: o Brasil vai levar esse carro logo ao mecânico, ajustando políticas, incentivos e estratégias de proteção?
O agro, que tantas vezes funcionou como amortecedor de crises, agora precisa de reforço. Se não houver reação rápida, corremos o risco de ver o motor perder força justamente quando mais precisamos dele para manter o país em movimento.
No jogo da incerteza, ignorar sinais nunca é boa estratégia.