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Mercado Acabará por Acompanhar Expectativa de Inflação a 4,5% em 2017

Publicado 25.07.2016, 14:32

O sonho de qualquer residente de psiquiatria

O mercado financeiro é uma fábrica de loucos. Falo por experiência própria: em quase uma década de jogo, dei minha contribuição às vendas das farmácias (e da Souza Cruz, principalmente em 2009) e à sinistralidade de planos de saúde. Dentro de qualquer banco de investimento há exemplos vivos da CID-10 inteira.

Por que digo isso? A semana que se inicia tem tudo para exacerbar a ciclotimia do mercado: resultados corporativos, agenda econômica carregada e eventos com potenciais repercussões políticas em países-chave devem garantir dias, no mínimo,divertidos à frente. É o sonho de qualquer residente de psiquiatria.

Preparado? Confira se o estoque de pílulas está em dia: eu já garanti o meu.

Nossa receita azul para não ficar no vermelho

Da mesma forma que cada paciente requer um tratamento - e infelizmente existem por aí péssimos profissionais que oferecem a mesma receita de tarja preta para quase todos os problemas -, nós entendemos aqui na Empiricus que cada perfil de investidor requer recomendações de determinada natureza. É por isso que a maioria de nossos produtos contemplam diferentes classes de ativos, com diferentes níveis de risco e horizontes de maturação das estratégias.

Muitos clientes assinam diversos produtos simultaneamente, com o objetivo de ampliar o leque de ativos de seu portfólio. É um passo natural para quem já olha para o patrimônio de uma maneira integrada. Para este público, temos o Clube Empiricus: se trata de uma excelente alternativa para ter acesso a todos os nossos produtos essenciais, para sempre, por uma fração do investimento que exigiriam se adquiridos em separado.

E tem novidade saindo por lá: nesta semana a Luciana Seabra estreia nosso novo produto, Os Melhores Fundos de Investimento. Adivinha quem mais acompanha a indústria de fundos no Brasil? Ninguém.

Europa sob risco de ataque de nervos

O Velho Continente tem pela frente uma semana especialmente complicada, com toda a atenção voltada a seu sistema financeiro. Na sexta, virá a público o resultado dos testes de estresse das principais instituições da região. Notícias ruins vindas de instituições italianas (dentre os quais o Monte dei Paschi, terceira maior banca do país) já são dadas como certas e relativamente digeridas. O medo é o Deutsche Bank - colosso sobre o qual já pairam preocupações há várias semanas -, que divulga resultados na quarta-feira e que fará de tudo para convencer o mercado de que conseguirá melhorar seu balanço (corte de custos, venda de negócios mundo afora) ante as necessidade de capital adicional que se aproximam (2019, por força da regulação europeia).

Na Alemanha, capital político de Angela Merkel sofre mais um golpe com a série de atentados ocorridas nos últimos dias. A chanceler continua contando com o endosso da maioria dos formadores de opinião (não que essa categoria seja prolífica em identificar mudanças de tendência, mas enfim…) e ainda retém apoios políticos importantes, mas a insatisfação vai crescendo.

Pare por um instante e imagine os desdobramentos de uma crise bancária na Europa combinada com a queda de Merkel. As coisas podem ficar feias muito rápido.

No Brasil, níveis de serotonina aumentando

Palavras de Ilan Goldfajn na reunião do G-20 resumem bem: após pouco mais de 60 dias de Prozac, o país é um paciente em recuperação. Estamos na direção certa.

A julgar pelo relatório Focus, projeção de IPCA para 2017 ainda não caiu quase nada. Mas hoje teve banco grande revisando estimativa para baixo: de 5.3% para 4.9%. Rumo aos 4.5%, e insisto ao dizer que o resto do mercado acabará por acompanhar.

Curiosamente, Goldfajn fez uma ressalva: “as questões internas [do Brasil] ainda se sobrepõem às dificuldades globais.” Acredito piamente que, do jeito que as coisas vão lá fora, isso pode acabar se convertendo em uma vantagem para nós.

Meirelles pede internação involuntária

A saída de uma depressão sempre traz consigo um risco: a subestimação dos problemas que persistem. Isso é especialmente verdade em portadores de transtorno bipolar, que podem ir da hipomania a uma perigosa euforia em intervalo curtíssimo de tempo.

Governo, que prometeu conter gastos, está no Congresso propondo aumentos de desembolsos e flerta com relaxamento da meta fiscal. Meirelles foi categórico em entrevista no final de semana: precisamos aprovar o teto para os gastos públicos sob pena de, em não o fazendo, termos de recorrer a aumento de impostos num futuro próximo.

O alerta está dado: talvez nosso governo precise de uma camisa de força, para nosso próprio bem. Fiquemos de olho.

Minuto Bônus - Dilma e as fases do luto de Kübler-Ross

Depois de passar por negação, raiva, negociação e depressão, Dilma parece ter chegado à última fase: aceitação. Entrevista divulgada no final de semana indica que, a esta altura, a quase ex-presidente já não luta por votos no Senado e só se preocupa em salvar sua biografia (ou o que sobrou dela).

No Alvorada, “Ela procura trabalho, mas não tem muito o que fazer”. Ainda bem! Muito ajuda quem não atrapalha.

Dilma, em breve, nos deixará em paz. Assim retribuiremos, alegremente.

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