A semana começa com um feriado nos Estados Unidos nesta segunda-feira (15), o que reduz a liquidez dos mercados globais e deixa os negócios locais sem grandes movimentos hoje. Mas os investidores devem aproveitar essa pausa em Wall Street para refazer as previsões para o cenário em 2024.
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Isso porque as apostas de que os juros irão cair com tudo a partir de março parecem cada vez mais arriscadas - embora ainda sigam firmes, a cerca de dois meses para se concretizar (ou não). E isso vale tanto em relação ao Federal Reserve quanto para o Comitê de Política Monetária (Copom).
Afinal, o que não faltam são indicadores econômicos nos EUA para reforçarem a cautela do Fed, que evita declarar vitória contra a inflação. Mesmo após o sinal favorável vindo dos preços ao produtor norte-americano (PPI), não dá pra descartar os alertas emitidos pelo índice ao consumidor (CPI) nem pelo relatório de emprego (payroll) no país.
Atividade em destaque
Daí porque também ficou menos provável (ou viável) uma queda mais acelerada da taxa Selic após os dois cortes já anunciados pelo Copom para este primeiro trimestre. Ainda mais depois da aceleração do IPCA em dezembro. Os dados domésticos sobre atividade a partir de amanhã (16) tendem a turvar a perspectiva para os juros básicos.
Embora prevaleça uma desaceleração gradual da economia global, o mesmo não se pode dizer sobre a inflação. O nível dos preços já está bem abaixo dos picos da pandemia, mas não retornaram aos patamares anteriores e seguem acima da zona de conforto dos bancos centrais. Além disso, o processo de desinflação vem perdendo força.
Aliás, a zona do euro e a China também começam a semana divulgando números sobre a economia. A região da moeda única anuncia hoje o desempenho da indústria e o CPI na quarta-feira (17) para calibrar as expectativas de início dos cortes pelo Banco Central Europeu (BCE) em abril. Já os dados do PIB chinês em 2023 saem amanhã à noite.
Juro que são os juros
Porém, oIbovespa está mais refém do cenário externo. Isso porque já é praticamente certo que a taxa terminal de juros no Brasil deve ficar abaixo de dois dígitos. A dúvida, por ora, é se será mais perto da primeira dezena ou mais distante dos 10% - com muitos já falando em abaixo de 9%. O que conta mesmo é o comportamento dos juros nos EUA.
É isso o que irá definir o rumo do dólar globalmente e também o apetite dos estrangeiros por ativos de risco, em especial nos emergentes. Até porque foi a tese de cortes mais cedo do que tarde pelo Fed e em um ritmo agressivo em 2024 que sustentou o rali das bolsas entre novembro e dezembro. A ver, então, se janeiro não será um novo outubro.